O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na quarta-feira que a Rússia pode retomar os testes nucleares se os Estados Unidos seguirem adiante com as propostas de Donald Trump. Em seu pronunciamento na quinta-feira anterior, Trump havia sugerido que o Pentágono começasse testes nucleares, afirmando que, se a Rússia e a China o fizessem, os Estados Unidos também estariam dispostos a realizar testes.
“Vocês saberão muito em breve, mas vamos fazer alguns testes, sim, e outros países também fazem. Se eles vão fazer, nós também faremos,” disse Trump.
Durante uma reunião do seu Conselho de Segurança, Putin respondeu às declarações de Trump, enfatizando que a Rússia sempre cumpriu rigorosamente suas obrigações de acordo com o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. Ele ressaltou que a Rússia não tem plano de se desviar de suas responsabilidades.
Além disso, Putin comentou que, em 2023, já havia avisado que se outros países signatários do tratado realizassem testes, a Rússia também tomaria as medidas apropriadas. Ele instruiu diversos ministérios e agências a coletarem informações e analisarem a situação para uma eventual preparação para testes nucleares.
O Kremlin garante que a intenção da Rússia é evitar uma nova corrida armamentista. Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, a orientação é realizar um estudo sobre a viabilidade dos testes, sem que isso signifique um início imediato das preparações.
Quando questionado sobre o impacto das declarações de Trump nas já tensas relações entre Rússia e Estados Unidos, Peskov disse esperar que não ocorra nenhum desdobramento negativo.
Os Estados Unidos assinaram o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares em 1996, que proíbe testes nucleares tanto para fins militares quanto civis. Peskov expressou incertezas sobre o significado das palavras de Trump, questionando quais ações concretas o governo americano poderia tomar.
Medidas defensivas
Peskov também indicou que primeiro será necessário estudar a situação antes de qualquer início de preparativos, se isso for considerado necessário. Ele reiterou que a posição de Putin é clara e que a Rússia continua comprometida com a proibição dos testes nucleares, não tomando nenhuma ação enquanto a outra parte não o fizer.
Ultimamente, apenas a Coreia do Norte tem realizado testes de explosivos nucleares. Tanto a Rússia quanto a China não promovem esse tipo de teste desde 1990 e 1996, respectivamente.
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