O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, conhecido nas redes sociais como “prefeito tiktoker”, foi afastado de seu cargo na manhã desta quinta-feira (6/11). A medida ocorre no contexto da Operação Copia e Cola, realizada pela Polícia Federal, que investiga desvios na área da saúde. Em uma mensagem publicada em suas redes sociais, Manga garantiu que não desistirá de Sorocaba e do Brasil.
“Hoje, um dia depois de eu falar sobre o Exército para ajudar a cidade, fui afastado. Mas quero deixar claro que não vou desistir de Sorocaba, não vou desistir do Brasil. Isso que tentam fazer vai fortalecer ainda mais nosso nome, pois o Deus do impossível não falha”, declarou ele em seu perfil no Instagram.
Operação da PF
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão e sete de busca e apreensão em Sorocaba, investigando irregularidades nos contratos de saúde da Prefeitura. Também foram determinadas medidas cautelares, como o sequestro e a indisponibilidade de bens de investigados, totalizando cerca de R$ 6,5 milhões, além da suspensão de funções públicas e proibições de contato com determinadas pessoas.
Os envolvidos poderão responder por diversos crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e contratações irregulares.
Essa operação é um desdobramento da Copia e Cola, que começou em abril de 2025, visando desarticular uma organização suspeita de desvio de recursos públicos na saúde por meio de contratos emergenciais. Segundo a PF, a análise do material apreendido na primeira fase da operação revelou novas pessoas e empresas que estariam ligadas ao esquema, alvos das ações realizadas agora.
Buscas na casa do prefeito
Em abril, a PF também executou mandados de busca e apreensão em residências, incluindo a do prefeito Rodrigo Manga e do ex-secretário municipal de saúde, Vinicius Rodrigues. As investigações começaram em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social para gerenciar serviços de saúde em Sorocaba.
Foram identificados indícios de lavagem de dinheiro, com depósitos em dinheiro, pagamentos de boletos e negociações imobiliárias.

Além disso, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores até R$ 20 milhões, juntamente com a proibição da Organização Social investigada de realizar contratos com o poder público.
No total, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em diversas cidades de São Paulo e um em Vitória da Conquista, na Bahia. Em uma nota anterior, o prefeito afirmou que a operação ocorre em um momento de grande visibilidade para a cidade e para seu nome no cenário nacional, sugerindo que forças ocultas estivessem se oposto a representantes que emergem como alternativas ao sistema.
Em resposta, a defesa de Manga explicou que não existem elementos que o vinculem a atos ilícitos e criticou a PF por suposta “pesca probatória” ilegal. A defesa expressou preocupação em relação ao uso das forças policiais para fins políticos, o que poderia influenciar o Poder Judiciário.
Essa situação gera diversas implicações para a cidade de Sorocaba e seus moradores. O que você acha de todo esse caso? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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