A corrida para ver quem será o “Bukele brasileiro”

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A segurança pública se tornou um tema central nas eleições de 2026, e tanto governistas quanto líderes da oposição estão atentos a isso. O próprio círculo próximo de Lula já reconheceu que a segurança é uma fraqueza do petista, especialmente após a reação popular à recente operação no Rio de Janeiro.

Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada no dia 31 de outubro, revelou que 55,2% dos brasileiros apoiaram a operação, enquanto 42,3% desaprovaram. Isso já gerou uma corrida para encontrar o “Bukele brasileiro”, uma referência ao presidente salvadorenho Nayib Bukele, conhecido por sua política rigorosa de combate ao crime.

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As medidas de Bukele, que incluem um estado de exceção e uma guerra contra gangues, têm gerado críticas dos defensores dos direitos humanos, mas também conquistaram a população. Bukele foi reeleito com uma ampla maioria por conta de sua popularidade.

No Brasil, a recente operação contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de 120 mortes, levou até mesmo o governo Lula a adotar um tom neutro, surpreendendo muitos. O governador do Rio, Cláudio Castro, que almeja uma vaga no Senado em 2026, viu sua popularidade crescer. Ele ganhou 900 mil seguidores nas redes sociais e sua avaliação positiva saltou para 40%, segundo o Datafolha.

Esse cenário também estimulou outros governadores de direita, como Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais), a visitarem o Rio para apoiar Castro. A bancada bolsonarista no Congresso se movimenta nesse contexto. O deputado Zucco (PL-RS) já protocolou um pedido para viajar a El Salvador e aprender com o modelo de segurança de Bukele.

Não é a primeira vez que isso acontece. Uma comitiva bolsonarista já esteve em El Salvador no início de 2024, com um custo de mais de R$ 100 mil aos cofres públicos. No Senado, dois pedidos já foram feitos para visitar o país: um por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outro por Magno Malta (PL-ES).

O MBL, partido recém-fundado, promete “radicalizar” com o lema “prendeu, matou” nas eleições de 2026. A estratégia de Bukele envolveu uma série de decisões drásticas, como a remoção de juízes da Suprema Corte e a permissão de prisões sem mandado.

As lideranças da oposição avaliam que a solução para a segurança pública no Brasil pode passar por medidas semelhantes às de Bukele, se isso resultar em um ambiente mais seguro para a população. O que você acha disso? Deixe sua opinião nos comentários.

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