Apenas 12 prefeituras baianas contam com restaurante popular e 9 têm cozinha comunitária, revela IBGE

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Um levantamento recente do IBGE, divulgado nesta sexta-feira (7), mostra que a cobertura de equipamentos voltados à segurança alimentar é bem limitada na Bahia. Segundo o Suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2024, só 12 dos 417 municípios, o que representa apenas 2,9%, possuem um restaurante popular gerido pela administração municipal. No total, existem 22 restaurantes populares no estado, mas 18 deles oferecem apenas uma refeição por dia.

As cidades que contam com esse serviço são: Alagoinhas, Brumado, Dom Basílio, Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Ribeira do Amparo, Salvador, São Félix do Coribe e Vitória da Conquista. Esses números colocam a Bahia em uma posição abaixo da média nacional, que é de 3,8%, com 212 municípios em todo o Brasil. O Maranhão, Rio de Janeiro, e Amazonas lideram o ranking, enquanto estados como Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul não têm esse serviço disponível.

Além dos restaurantes, o cenário das cozinhas comunitárias é ainda mais preocupante. Em 2024, apenas nove cidades baianas (2,2%) mantinham algum tipo de cozinha comunitária, totalizando 11 unidades em funcionamento, das quais apenas cinco serviam três refeições ou mais por dia. As cidades que possuem as cozinhas comunitárias são: Biritinga, Lauro de Freitas, Malhada de Pedras, Maraú, Nova Canaã, Nova Redenção, Paulo Afonso, Santa Inês e Santo Estêvão. A média na Bahia também fica abaixo da nacional, que é de 5,1%.

O levantamento ainda destacou que somente 16 municípios baianos (3,8%) contam com um Banco de Alimentos sob a responsabilidade da gestão municipal. As cidades que têm essa estrutura são: Belo Campo, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Camaçari, Carinhanha, Cocos, Ibotirama, Juazeiro, Lauro de Freitas, Paratinga, Paulo Afonso, Piatã, Salvador, Serra do Ramalho, Sítio do Mato e Teixeira de Freitas. Aqui, o percentual também é ligeiramente inferior ao da média nacional, que é de 4,1%.

Embora os índices em programas de alimentação sejam baixos, a Bahia se destaca na gestão de mercados públicos. Mais da metade das cidades (213 municípios, ou 51,1%) tem um mercado público administrado pela prefeitura. Ao todo, existem 345 mercados, sendo que 327 (94,8%) estão sob a responsabilidade exclusiva das prefeituras. Isso representa um percentual superior à média nacional, mas a Bahia ocupa a 12ª posição entre os estados.

Por fim, é importante ressaltar que, em 2024, apenas Paulo Afonso tinha um sacolão ou quitanda pública mantida pela gestão municipal em parceria com entidades privadas. No Brasil, apenas 27 cidades possuem esse tipo de equipamento, distribuídas em 12 unidades da federação. Os sacolões privados estão presentes em dez municípios baianos.

Esses dados revelam desafios significativos para a segurança alimentar na região. A falta de estruturas adequadas pode impactar diretamente a vida dos moradores. Como você vê essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e vamos discutir o que pode ser feito para melhorar esse cenário.

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