Hezbollah insiste em ‘direito’ de defesa e rejeita diálogo político com Israel

O Hezbollah, movimento libanês próximo ao Irã, reiterou na quinta-feira (6) seu “direito legítimo” de se defender contra Israel e rejeitou qualquer tipo de negociação política com o país vizinho. O conflito entre o Hezbollah e Israel, que ganhou força em setembro de 2024, foi intensificado em um cenário de guerra em Gaza que começou em outubro de 2023. Nesse período, Israel bombardeou vários alvos no Líbano, inclusive resultando na morte do histórico líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Apesar do cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024, Israel continua a realizar ataques pontuais contra posições do Hezbollah no Líbano, mantendo tropas em cinco locais estratégicos no sul. Em uma carta aberta dirigida ao povo libanês, o Hezbollah reafirmou seu direito de defesa contra um inimigo que, segundo eles, perpetua a guerra em seu território e não para de atacar.

O Hezbollah também expressou sua oposição a qualquer tipo de negociação política com Israel, considerando que isso não serve ao interesse nacional do Líbano. Nesta quinta-feira, o governo libanês estava previsto para discutir progressos em um plano de desarmamento do grupo, uma ação que ele se recusa a aceitar desde a guerra civil de 1975-1990. O Exército libanês foi encarregado de formular essa estratégia, mas a pressão internacional sobre o governo local está aumentando.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, criticou o presidente libanês, Joseph Aoun, afirmando que ele está procrastinando na implementação do plano de desarmamento. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se posicionou, alegando que o Hezbollah busca rearmar-se após os danos significativos sofridos durante seu conflito com Israel. Naim Qasem, líder do Hezbollah, já havia deixado claro que o grupo não irá se desarmar.

Informações de fontes próximas ao Hezbollah indicam que a carta aberta foi uma resposta a pressões de enviados americanos e egípcios para que o Líbano abrisse negociações com Israel. Recentemente, o enviado dos EUA, Tom Barrack, mencionou que o diálogo poderia ser fundamental para reduzir tensões entre os dois países.

Nos últimos dias, Israel intensificou os ataques no Líbano. Um novo bombardeio resultou em uma morte na quinta-feira, conforme relatos do Ministério da Saúde local. O Exército israelense afirmou que estava mirando membros da unidade de reconstrução do Hezbollah.

Essa tensão continua a afetar a região. O que você acha sobre a postura do Hezbollah e a situação no Líbano? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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