O cometa 3I/ATLAS, que passou próximo do Sol no mês passado, chamou atenção ao ser descrito como “nitidamente mais azul” do que a nossa estrela. Essa mudança levou a muitos a acreditarem que o objeto havia realmente mudado de cor.
No entanto, os cientistas responsáveis pelo estudo, publicado no repositório arXiv, esclareceram que a situação não é bem assim.
Em resumo:
- Sondas solares observaram o cometa 3I/ATLAS mais azul em comparação ao Sol;
- Cientistas afirmaram que não houve uma mudança real na cor;
- O brilho intenso é resultado da coma gasosa e não de alteração física;
- A tonalidade azul já era visível antes da aproximação máxima ao Sol;
- O cometa deve chegar ao ponto mais próximo da Terra em dezembro.
Cientista garante que o 3I/ATLAS não teve alteração real de cor
Descoberto em julho, o 3I/ATLAS é o terceiro corpo celeste verificado vindo de fora do nosso Sistema Solar. Ele atingiu seu ponto mais próximo do Sol em 29 de outubro.
Imagens de três observatórios mostraram um aumento rápido de brilho, bem acima do esperado para cometas em distâncias semelhantes do Sol. Além disso, especialistas notaram que o cometa parecia mais azul, diferindo das observações anteriores que mostravam uma tonalidade avermelhada.
Qicheng Zhang, investigador do Observatório Lowell, explicou que não há evidências de uma mudança na cor. Ele ressaltou que “a coma gasosa provavelmente ainda está presente, contribuindo para o brilho geral”, conforme reportado ao site Space.com.
Os cometas, formados por gelo, rochas e poeira, são conhecidos como “bolas de neve sujas”. Quando se aproximam do Sol, o gelo evapora e forma uma nuvem brilhante de gases, chamada coma, e em alguns casos, uma longa cauda impulsionada pelo vento solar.
Zhang afirma que o cometa só pareceu mudar de cor uma vez, no início do ano, quando a coma começou a ser visível. Desde então, ele tem continuado a brilhar, mas sem alterações reais de cor.
Fotografias de astrônomos amadores feitas antes da aproximação com o Sol já mostravam a coma azul-esverdeada, comprovando que a cor não é nova, mas apenas mais evidente agora.
Apesar das especulações que sugerem que o 3I/ATLAS poderia ser uma espaçonave alienígena, os cientistas garantem que se trata de um objeto natural, ainda mais intrigante por fornecer informações sobre ambientes além do nosso Sistema Solar.
Telescópios na Terra e no espaço registraram imagens do cometa, incluindo o Hubble e sondas como a ExoMars Trace Gas Orbiter da Europa. O Mars Reconnaissance Orbiter da NASA também deve ter capturado o objeto em sua passagem próxima a Marte, embora não tenha divulgado dados devido à suspensão do governo dos EUA.
Após se aproximar do Sol, o “forasteiro” segue seu caminho de volta, devendo passar a aproximadamente 270 milhões de quilômetros da Terra em 19 de dezembro, enquanto prossegue além das fronteiras conhecidas da nossa vizinhança cósmica.
E você, o que acha dessas descobertas sobre o 3I/ATLAS? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!
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