Autismo e TDAH estão mais comuns hoje em dia? Entenda o que diz a medicina

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Nos últimos anos, a crescente percepção sobre o autismo e o TDAH tem se tornado um assunto comum entre os moradores. Se antes era raro conhecer alguém diagnosticado, hoje, praticamente todos têm contato com crianças ou adultos que passaram por esse processo. Esse fenômeno levanta questões: será que realmente houve um aumento nos casos ou estamos apenas mais atentos ao que antes passava despercebido?

Neste artigo, vamos explorar esse fenômeno, trazendo perspectivas de especialistas e tentando entender por que o número de diagnósticos parece tão elevado. Vamos juntos descobrir mais sobre esse tema tão relevante.

Antes de começar, é importante esclarecer que a ciência não encontrou evidências de que o autismo ou o TDAH sejam biologicamente mais frequentes. O que se observa é uma combinação de fatores sociais, médicos e culturais que torna os diagnósticos mais evidentes.

Segundo o psicólogo André Varella, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino, esse aumento nos diagnósticos reflete a mudança na definição do transtorno do espectro autista (TEA). Hoje, pessoas com manifestações mais leves recebem diagnósticos que, há 20 anos, muitas vezes passavam despercebidos. Essa nova perspectiva ajuda a entender o crescimento dos registros nos últimos anos.

Além disso, a conscientização de pais e profissionais de saúde tem aumentado. Sinais como dificuldades de interação social e problemas de atenção, antes ignorados, estão sendo reconhecidos e avaliados de forma mais precoce, facilitando diagnósticos adequados.

Diagnósticos em Alta e Novos Critérios

Conforme explicou o psiquiatra Luís Augusto Rohde em uma entrevista, não há dados que indiquem que a ocorrência de TDAH e autismo tenha aumentado globalmente. O que realmente cresceu foi o número de diagnósticos formais, impulsionados pela maior atenção à saúde mental e pela ampliação dos critérios clínicos.

No caso do TDAH, anteriormente mais relacionado à hiperatividade em meninos, agora se reconhece que as meninas manifestam sintomas de maneira diferente, com maior prevalência de desatenção. Isso resultou em um aumento no número de diagnósticos entre elas.

Quanto ao autismo, a evolução na compreensão do transtorno como um espectro foi fundamental. Antes, somente casos severos eram considerados autismo, mas agora perfis mais leves também recebem esse diagnóstico. Rohde menciona que essa flexibilização dos critérios gerou um crescimento na “prevalência administrativa”, sem que o número de pessoas autistas realmente tenha aumentado.

O psiquiatra alerta ainda que a desinformação nas redes sociais pode levar a autodiagnósticos equivocados, resultando em estigmatização. Ele enfatiza que sintomas como desatenção ou isolamento só são preocupantes quando se tornam frequentes e prejudiciais às atividades cotidianas.

E você, o que pensa sobre o aumento dos diagnósticos de autismo e TDAH? Compartilhe sua opinião nos comentários, vamos trocar ideias!

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