O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, se pronunciou nesta quinta-feira, afirmando que a decisão da Ucrânia de interromper as negociações com a Rússia confirma a falta de disposição do governo de Volodymyr Zelensky em buscar uma solução pacífica para o conflito que já dura três anos.
“A declaração formaliza a situação real: o lado ucraniano não está disposto a continuar qualquer tipo de contato ou negociação. Isso é lamentável”, afirmou Peskov.
Essa declaração surgiu após uma entrevista do vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Sergey Kislitsa, ao jornal britânico The Times. Kislitsa comentou que não houve “progresso significativo” nas conversas com a Rússia em 2024 e que Kiev decidiu “se retirar” das discussões para uma resolução diplomática.
Peskov reafirmou que Moscou continua aberta a um acordo político, mas alertou que a Ucrânia precisará negociar mais cedo ou mais tarde. Ele enfatizou que a posição ucraniana “se deteriorará dia após dia” e que a Rússia continuará sua luta para proteger sua segurança em benefício das gerações futuras.
Em setembro, Peskov já havia mencionado que as negociações para encerrar a guerra estavam “pausadas”, reduzindo as expectativas de um acordo após várias tentativas de diálogo entre Moscou e Kiev.
“Os negociadores permanecem em contato, mas, no momento, é mais correto falar em uma pausa”, esclareceu o porta-voz do Kremlin.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, também destacou que as declarações de Kiev demonstram a relutância da Ucrânia em buscar a paz. O ministro Sergey Lavrov já havia afirmado que a resolução da crise por meios pacíficos é uma prioridade para Moscou.
Entretanto, enquanto as negociações estão suspensas, as tropas de ambos os lados enfrentam intensos combates na região de Pokrovsk, na Ucrânia. A Rússia busca consolidar seu controle sobre a cidade, enquanto Kiev considera os termos exigidos por Moscou “inaceitáveis e equivalentes a uma rendição”.
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