O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma redução nas tarifas sobre a importação de carne bovina, tomate, café e banana. A medida busca combater a inflação dos alimentos no país, uma resposta ao aumento recente de tarifas implementadas pelo próprio governo. A decisão foi divulgada na última sexta-feira.
Essa mudança traz benefícios para vários países exportadores, especialmente o Brasil, que se destaca como o maior produtor mundial de café e o segundo maior na produção de carne bovina, atrás apenas dos EUA, segundo dados do Departamento de Agricultura americano.
As novas tarifas passaram a valer retroativamente a partir das 2h01 desta quinta-feira, de acordo com um documento da Casa Branca. Centenas de produtos alimentícios estão incluídos na lista da nova medida.
A ordem altera as tarifas recíprocas, que a administração Trump justifica como parte de uma estratégia para lidar com os persistentes déficits comerciais dos EUA.
Essa ação segue recomendações de autoridades que acompanham o estado de emergência nacional declarado pelo presidente em abril. A Casa Branca mencionou o avanço nas negociações comerciais, a demanda interna e a capacidade produtiva dos Estados Unidos como fatores que justificam essa revisão.
Trump indicou que essa mudança era necessária após considerar as recomendações recebidas, o andamento das negociações com diversos parceiros, a demanda doméstica atual e a capacidade de produção do país.
O BRASIL
Em 2024, o Brasil exportou US$ 1,96 bilhão em café para os EUA, consolidando-se como o principal fornecedor desse produto no mercado americano, conforme a International Trade Administration.
Com a tarifa de 50% imposta sobre o café em agosto, os exportadores brasileiros enfrentaram uma queda significativa. Em outubro, conforme dados do Cecafé, as vendas despencaram 54,4% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Agora, espera-se que a revisão tarifária minimize os impactos sobre os produtores brasileiros e ajude a recuperar parte do mercado perdido nos últimos meses.
O que você acha sobre essa decisão? Como ela pode afetar o mercado local e os produtores? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

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