Neste sábado, as Forças Armadas do Chile assumiram o controle das 3.379 seções eleitorais do país em preparação para as eleições presidenciais e parlamentares que acontecem neste domingo. Segundo o Ministério da Defesa, mais de 26 mil militares foram mobilizados para assegurar que o pleito ocorra de maneira segura e ordenada.
A ministra da Defesa, Adriana Delpiano, destacou que os militares estão distribuídos de norte a sul, abrangendo desde Visviri, na fronteira com o Peru, até Villa Las Estrellas, na Antártica. Além disso, 4.435 voluntários da Defesa Civil e da Cruz Vermelha estão colaborando com suporte logístico e assistência aos eleitores.
“As autoridades permanecem nas instalações para garantir eleições presidenciais e parlamentares seguras e ordenadas em 2025”, informou o governo.
Voto obrigatório e regras para o dia da votação
O voto é obrigatório para cidadãos chilenos residentes no país. Aqueles que não comparecerem às urnas podem receber uma multa que varia entre 0,5 e 1,5 UTM, equivalente a valores que vão de cerca de US$ 34,77 a US$ 104,31, dependendo da infração.
As seções eleitorais ficarão abertas das 8h às 18h, mas poderão estender o horário se houver eleitores na fila. A operação militar continuará ativa até o fechamento das urnas e o transporte do material eleitoral.
Chile dividido
- Jeannette Jara é a favorita para suceder Gabriel Boric na presidência. Ela surge como uma figura central em um cenário conturbado, marcado pelos protestos de 2019 que resultaram em 32 mortes e milhares de feridos.
- Duas tentativas de redigir uma nova Constituição falharam, e a direita radical ganhou força com um discurso centrado na ordem e na criminalidade.
- A disputa está polarizada entre a comunista moderada Jara e os candidatos da direita.
- Entre os principais candidatos estão José Antonio Kast, defensor de políticas duras, e Johannes Kaiser, um ultraliberal. Também tem Evelyn Matthei, uma alternativa de centro-direita.
Como será a votação
As eleições terão formatos diferentes dependendo da região. Em algumas áreas, os eleitores escolherão presidente, deputados e senadores, enquanto em outras a votação será apenas para presidente e deputados. No exterior, os chilenos votarão somente para a presidência.
O governo chileno espera uma alta participação, impulsionada pelas novas medidas de segurança e pela obrigatoriedade do voto. O clima de expectativa e a mobilização em massa ressaltam a importância deste momento para a nação.
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