O governo britânico anunciou que vai reduzir a proteção oferecida aos refugiados. De acordo com o Ministério do Interior, eles serão “obrigados a retornar a seus países de origem assim que a situação for considerada segura”. A mudança faz parte de uma série de reformas que serão detalhadas na próxima semana, com o objetivo de diminuir o número de imigrantes que chegam ao Reino Unido.
Além disso, o governo irá eliminar o acesso automático a ajudas sociais para solicitantes de asilo. Essas medidas vêm em resposta às crescentes críticas e ao ascendente partido anti-imigração Reform UK, liderado por Nigel Farage, que está à frente nas pesquisas.
A ministra do Interior, Shabana Mahmood, deverá apresentar as reformas no parlamento na segunda-feira. Atualmente, os refugiados podem se estabelecer permanentemente no Reino Unido após cinco anos, criando um panorama onde não precisam contribuir financeiramente durante esse período. Com as novas regras, a duração da estadia que garante proteção vai cair de cinco anos para 30 meses, tornando mais difícil a obtenção da residência permanente, que passará de cinco para 20 anos.
O governo de Keir Starmer, no poder desde julho de 2024, enfrenta pressão constante para controlar as chegadas de imigrantes e limitar seus direitos. Neste ano, diversas manifestações ocorreram diante de hotéis que abrigam solicitantes de asilo, e um protesto da extrema direita em Londres reuniu cerca de 150 mil pessoas, de acordo com estimativas policiais.
Até agora, mais de 39 mil imigrantes desembarcaram no litoral inglês em 2025, superando os números do ano anterior, e o governo promete medidas para reduzir esse fluxo através do Canal da Mancha.
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