A Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas (COP 30) começa sua última semana de trabalho hoje, 17 de novembro, e vai até o dia 21. Nesta quarta-feira, a delegação brasileira receberá os ministros do Meio Ambiente de aproximadamente 111 países.
O vice-presidente Geraldo Alckmin fará o discurso de abertura, acompanhado pelo presidente da COP30, André Corrêa do Lago.
O Brasil designou vários ministros como facilitadores em temas essenciais como finanças, tecnologia, gênero e o “balanço global”, que mede o progresso em relação ao Acordo de Paris.
Sara Aagesen, terceira vice-presidente e ministra da Transição Ecológica da Espanha, vai facilitar as discussões sobre mitigação. A mexicana Alicia Bárcena, secretária de Meio Ambiente e Recursos Naturais, atuará na área de transição justa.
Os investimentos climáticos estão entre os tópicos mais relevantes nesta fase. Nos últimos dias, compromissos de investimento somam U$ 300 bilhões, que correspondem a 23% do necessário para a próxima década. A adaptação climática é um pedido central do governo brasileiro.
A semana será crucial para discutir a criação de uma estratégia que elimine os combustíveis fósseis. A grande questão é quem assumirá essas despesas. Esse item não faz parte da declaração final da COP. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a Belém (PA) para tentar avançar nas negociações com os ministros que estão na região.
As expectativas para os próximos dias incluem:
- Fortalecimento das governanças climáticas e do multilateralismo;
- Reuniões com a sociedade civil, povos indígenas e populações tradicionais;
- Reuniões com países, governadores e prefeitos.
Investimentos em destaque
Na primeira semana da COP, o setor privado anunciou compromissos financeiros significativos, que somam trilhões de dólares, conforme ressaltou Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Entretanto, países em desenvolvimento demandam que a maior parte dos investimentos prometidos na COP29, no valor de US$ 300 bilhões, venha de fundos públicos. As aspirações são mais altas, com a meta de alcançar US$ 1,3 trilhão. Para isso, foram propostas a aplicação de impostos sobre serviços financeiros, luxo, tecnologia e indústria militar, embora o Brasil reconheça que essa ideia precisa de mais estudos, que iniciarão em 2026.
Entre os projetos de investimento que estão sendo discutidos, destaca-se o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que já atraiu compromissos de US$ 5,5 bilhões de países como Noruega, Brasil, Indonésia e França. O fundo buscará investir recursos no mercado financeiro para gerar mais valor e, após remunerar os investidores, destinar os lucros à conservação das florestas tropicais.
Quais são suas expectativas em relação aos desdobramentos da COP30? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.

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