Uma recente operação da Polícia Civil do Amazonas resultou na apreensão de 34 kg de “cocaína negra”, uma forma modificada da droga tradicional, que tem se mostrado difícil de detectar. Com um valor estimado em até dez vezes mais do que a cocaína comum, essa substância foi encontrada oculta em fundos falsos de móveis e quadros em uma mansão de luxo, localizada no bairro Ponta Negra. A residência, que também possui um campo de futebol e um heliporto, servia como ponto logístico para uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional.

Cocaína negra é uma mistura da cocaína tradicional com outros compostos, como carvão ativado e toner de impressora. Essa alteração visa disfarçar a cor e, principalmente, o odor característico da droga. De acordo com perícias, os traficantes aplicam modificações químicas que tornam a cocaína quase indetectável em testes rápidos, enganando até mesmo cães farejadores. Sua identificação só é possível após análises laboratoriais mais detalhadas.

A operação revelou que a cocaína negra apreendida tinha origem no Peru e seguia pela “Rota do Solimões”, uma importante via para o narcotráfico. O destino final deste carregamento seria a Austrália. Durante a ação policial, um casal de caseiros peruanos foi preso. A proprietária da mansão, também de origem peruana, não estava no Brasil, mas declarou por meio de sua representação legal que estava disposta a colaborar nas investigações.

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