Reprodução/TV Senado

O senador Eduardo Girão, do Novo-CE, está tomando iniciativas na CPI do Crime Organizado para investigar um possível esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na última sexta-feira, Girão protocolou requerimentos sugerindo a convocação de pessoal envolvido, incluindo advogados, lobistas e até desembargadores que já são alvo de investigações da Polícia Federal.
Para Girão, a CPI tem um papel fundamental em apurar a questão, já que há indícios de que o caso funciona como uma verdadeira organização criminosa. O senador destacou o caso do advogado Roberto Zampieri, assassinado no Mato Grosso, que foi decisivo para o início das investigações sobre essa fraude.
“O esquema, ao estilo de uma organização criminosa, operava mediante contratos de fachada de advocacia e consultoria, com o objetivo de assegurar decisões judiciais previamente combinadas”, afirmou Girão em um de seus requerimentos.
Além disso, Girão pediu a convocação de ex-chefes de gabinete de ministros do STJ, como Daimler Alberto de Campos e Rodrigo Falcão de Oliveira Andrade, e também de Mário José Toledo Pinto, que atuou como assistente de vários magistrados.
Outro nome importante na lista é o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, conhecido por ser um dos principais operadores do grupo. Segundo o senador, Gonçalves está no cerne das investigações que apontam uma complexa rede de vendas de sentenças, movimentando quantias significativas de dinheiro.
“Andreson de Oliveira Gonçalves, conhecido como o ‘lobista dos tribunais’, está no centro do inquérito da Polícia Federal que revelou o suposto esquema de venda de sentenças. Ele teria criado uma rede de lavagem de dinheiro envolvendo pelo menos 14 operadores diretos”, explicou Girão.
Girão também solicitou à Polícia Federal informações detalhadas sobre o esquema, incluindo cópias de relatórios financeiros sobre os envolvidos e outros documentos relacionados à investigação.
Essas ações do senador refletem uma busca crescente por transparência e justiça dentro da estrutura judicial do país. O que você pensa sobre esse assunto? Deixe sua opinião nos comentários.

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