Estudo mostra que menos meninas do ensino médio querem se casar e ter filhos, nos EUA

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Um novo relatório do Pew Research Center traz à tona uma mudança significativa: cada vez menos meninas do último ano do ensino médio nos Estados Unidos estão expressando desejo de se casar ou ter filhos. Os dados foram coletados pelo projeto Monitoring the Future da Universidade de Michigan, que analisa os comportamentos e atitudes de adolescentes a adultos desde 1975.

Ao comparar respostas de alunas de 1993 com as de 2023, os pesquisadores descobriram que, em geral, 67% dos estudantes do ensino médio afirmaram que provavelmente se casariam algum dia. Em 1993, essa porcentagem era de 80%. Curiosamente, 24% agora estão incertos quanto ao casamento, um aumento em relação aos 16% de três décadas atrás.

Ao observar as diferenças de gênero, 74% dos meninos disseram que provavelmente se casariam, enquanto esse número caiu para 61% entre as meninas. Em 1993, 83% das meninas afirmavam que teriam chances de se casar um dia, em comparação a 76% dos meninos.

Além disso, a visão sobre a permanência no casamento também mudou. Apenas 51% dos estudantes em 2023 acreditam que é muito provável que permaneçam casados para sempre, em comparação com 59% em 1993. Quanto à intenção de ter filhos, essa porcentagem caiu de 64% para 48% no mesmo período.

Em outro estudo da Barna, constatou-se que apenas 46% dos adultos americanos estão casados atualmente, em comparação a 66% em 1950. Embora muitos adultos solteiros desejem se casar, cerca de 81% acreditam no casamento, mas estão reformulando seu significado na vida moderna.

O relatório da Barna também destaca que as famílias enfrentam desafios como o adiamento do casamento e a aceitação crescente da coabitação. As gerações mais novas estão se casando mais tarde; a idade média do primeiro casamento aumentou, passando de 22,8 para 30,2 anos para homens e de 20,3 para 28,6 anos para mulheres desde 1950.

Outra tendência é a coabitação. Hoje, cerca de 8% dos adultos moram com parceiros sem estarem casados, um salto em relação a quase zero em 1970. Essa mudança reflete novas atitudes sociais, com 58% dos adultos, incluindo 42% dos cristãos, considerando sensato morar junto antes de casar.

Além disso, 18% dos adultos relataram ter se divorciado em algum momento, e 55% deles se casaram novamente. Embora a taxa de divórcio entre cristãos seja similar à média geral, eles têm maior propensão a se casar novamente, com 58% afirmando ter feito isso.

Essas descobertas levantam questões importantes para a sociedade e para as instituições religiosas, que precisam adaptar suas abordagens e compreender as novas dinâmicas familiares. Como você vê essas mudanças nas atitudes em relação ao casamento e à família? Compartilhe sua opinião.

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