Na terça-feira, 18, a Polícia Federal apreendeu um jato executivo avaliado em aproximadamente R$ 200 milhões, pertencente a Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master. A retenção aconteceu no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto o banqueiro tentava embarcar. Ele foi detido sob suspeita de tentar deixar o país.

O jato em questão é um Falcon 7X, conhecido por sua alta autonomia e conforto, incluindo uma cama em sua cabine. Após a apreensão, a aeronave foi levada para Minas Gerais. Além do jato, a operação resultou na confiscação de veículos de luxo, joias, relógios, obras de arte e mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo.

Detalhes da investigação e do esquema

Essa ação é parte da chamada “Operação Compliance Zero”, que investiga a emissão fraudulenta de títulos de crédito. A PF apura que o banco estava oferecendo Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com promessas de retorno muito acima do que é normalmente praticado, estimando um esquema que movimentou cerca de R$ 12 bilhões.

Para entender melhor, o CDB é um investimento de renda fixa onde o cliente empresta dinheiro ao banco por um prazo determinado, recebendo o valor acrescido de juros. Neste caso, há suspeitas sobre a autenticidade dos títulos apresentados e as taxas oferecidas.

Prisões e divergências sobre a viagem

A operação resultou em sete mandados de prisão, incluindo o sócio de Vorcaro, Angelo Antônio Ribeiro da Silva, e quatro diretores do banco. As buscas ocorreram em diversas regiões, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

Investigadores suspeitam que Vorcaro pode ter recebido informações privilegiadas sobre a operação, o que justificaria sua presença no aeroporto, com destino à Europa, o que caracterizaria uma tentativa de fuga. Por outro lado, sua defesa argumenta que ele estava viajando para Dubai para negociar a venda do Banco Master, e não para fugir.

Após a audiência de custódia, a prisão de Vorcaro foi mantida pela Justiça, mesmo com a alegação de que ele já havia se afastado da gestão do banco. Um pedido de habeas corpus deve ser apresentado em breve.

O desdobramento desse caso nonove além das fronteiras do setor bancário e levanta questões importantes sobre a regulamentação e fiscalização do sistema financeiro. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!