Nove pessoas foram presas na segunda fase da Operação USG, que investiga um esquema de desvio de verbas da saúde pública em Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste da Bahia. Entre os detidos estão um vereador, um ex-secretário de saúde e médicos.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso desviou mais de R$ 12 milhões. Para isso, utilizavam clínicas de fachada e contratos superfaturados. Os pagamentos eram feitos por supostos serviços médicos, especialmente relacionados a exames de ultrassonografia, que nunca foram realizados. A operação ocorreu nesta terça-feira (18).
O vereador preso, Hildjane Leite Souza (PSD), de 50 anos, é enfermeiro e já ocupou o cargo de secretário municipal de saúde duas vezes. Outro detido é o cirurgião-dentista João Mascarenhas, também ex-secretário de saúde do município, que assumiu o cargo em 2022 após a saída de Hildjane.
Maria Raquel de Araújo Santos, sócia de uma empresa contratada pela secretaria de saúde, também foi presa. Ela é suspeita de facilitar pagamentos irregulares. Além dela, Epifânio João da Cruz Neto, médico e esposo de Maria Raquel, é acusado de ser responsável pelos exames fraudulentos de ultrassonografia.
Até o momento, as defesas de Hildjane e João Mascarenhas não se pronunciaram, e a Câmara de Vereadores e a prefeitura de Formosa do Rio Preto também não se manifestaram. Segundo a polícia, o grupo criou empresas para simular a prestação de serviços de saúde, emitindo notas e laudos médicos falsos, o que permitiu justificar repasses significativos de verbas públicas.
A primeira fase da Operação USG aconteceu em dezembro do ano passado e resultou em mandados de busca e apreensão. Na ocasião, a secretaria de saúde de Formosa do Rio Preto suspendeu contratos com quatro empresas investigadas. Os suspeitos respondem por desvio de verbas públicas e fraudes em licitações.
O que você acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários e vamos debater sobre o impacto desses desvios na saúde da região.

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