Helicóptero do PCC valia R$ 7,2 milhões e tinha resquícios de cocaína

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Um helicóptero apreendido em 2018, utilizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para transportar cocaína, foi avaliado em cerca de R$ 7,2 milhões. A aeronave, encontrada em um hangar em Arujá, na região metropolitana de São Paulo, apresentava resquícios da droga em seu interior.

Imagens do Instituto de Criminalística mostram o estado do helicóptero, que pertencia a Fábio Pinheiro de Andrade Avani, de 49 anos. Ele foi preso recentemente em Sorocaba, interior paulista.

Veja as fotos do helicóptero:

Helicoptero PCC 2

Avani, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), era proprietário da aeronave desde dezembro de 2017. O MP destacou que ele não tinha rendimentos suficientes para justificar a posse de um helicóptero avaliado em mais de R$ 7 milhões.

Além da aeronave, ele possuía 13 veículos, incluindo alguns importados. O helicóptero teria sido utilizado para o transporte de drogas antes da apreensão, evidenciada pela presença de pó esbranquiçado em todo o interior da aeronave.

“Havia resquícios de pó esbranquiçado por todo o seu interior, que foram confirmados como cocaína. Os estofamentos dos bancos traseiros estavam ausentes, indicando que uma grande quantidade de entorpecente foi acondicionada ali”, relata a denúncia.

Nos dias que antecederam a apreensão, o helicóptero voou por mais de 56 horas sem nenhum registro ou comunicação. Dentro da aeronave, a polícia encontrou galões de combustível e uma bomba hidráulica, evidências que garantiam maior autonomia de voo.

Helicóptero emprestado a Gegê do Mangue

O helicóptero de Avani foi associado a Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, uma figura proeminente do PCC, que foi morto em fevereiro de 2018 em Fortaleza. A polícia começou a investigar Avani após prisões relacionadas a um carregamento de mais de 90 kg de cocaína em Vargem Grande Paulista.

A investigação revelou que o helicóptero era frequentemente deixado em diferentes hangares, principalmente em Arujá. Dois homens, apontados como pilotos da aeronave, foram presos e condenados a 10 anos e oito meses de prisão.

Dono da aeronave é preso

A promotoria indicou que Avani estava diretamente envolvido em operações ilícitas do PCC, não havendo registro de uso do helicóptero para atividades legais. Ele gerenciava o transporte e a distribuição de drogas em vários estados do Brasil.

Com antecedentes criminais, Avani não foi encontrado durante a investigação. O MPSP pediu sua prisão preventiva em maio de 2018, e ele foi condenado a oito anos e 10 meses de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa.

Após mais de um ano foragido, ele foi preso em um condomínio em Sorocaba, tendo com ele três celulares que serão periciados. Avani passou pela audiência de custódia e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Sorocaba.

E você, o que pensa sobre a relação do crime organizado com a aviação civil? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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