Uma nova proposta dos Estados Unidos para encerrar a guerra na Ucrânia pede que Kiev ceda territórios controlados pela Rússia e reduza significativamente o tamanho de seu Exército. As informações foram divulgadas por diversas agências de notícias, citando fontes anônimas.
O plano replica exigências feitas anteriormente por Moscou, que já foram rejeitadas pela Ucrânia. A proposta inclui o reconhecimento da Crimeia e outras áreas ocupadas pelos russos, além da redução do Exército ucraniano para 400 mil soldados.
Ademais, a Ucrânia seria obrigada a abrir mão de suas armas de longo alcance, limitando o tipo de armamento que poderia receber dos EUA, incluindo a assistência militar.
Propostas de Washington fracassam
Desenvolvido pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e pelo conselheiro do Kremlin, Kirill Dmitriev, o plano impõe medidas severas à Ucrânia, conferindo à Rússia um controle maior sobre a soberania do país. Witkoff e Dmitriev têm um canal de comunicação informal entre Moscou e Washington. Contudo, não está claro se o governo do presidente Donald Trump endossou oficialmente a proposta.
Esse plano de 28 pontos foi inspirado em uma proposta anterior do governo Trump para terminar a guerra na Faixa de Gaza. Até o momento, as iniciativas de paz de Washington fracassaram, pois estavam inclinadas a atender às demandas da Rússia, enquanto impunham pesadas concessões à Ucrânia.
Rússia intensifica ataques
A proposta norte-americana foi divulgada no mesmo dia em que a Rússia lançou um ataque em grande escala à cidade de Ternopil, no oeste da Ucrânia, resultando em pelo menos 25 mortos. Além disso, Moscou atacou infraestruturas de energia em Ivano-Frankivsk e Lviv, continuando sua campanha para destruir a infraestrutura civil da Ucrânia antes da chegada do inverno.
Atualmente, a Rússia ocupa cerca de um quinto do território ucraniano e exige a manutenção das áreas que ocupa no sul e leste do país, pedindo ainda mais terras à Ucrânia. Em 2022, Moscou anexou quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, embora não tenha controle total sobre elas. A Península da Crimeia foi anexada em 2014.
As negociações de paz estão estagnadas há meses devido a essas exigências territoriais da Rússia.
Esforços de paz congelados
O secretário do Exército dos EUA, Daniel Driscoll, chegou a Kiev para se reunir com autoridades ucranianas e discutir maneiras de retomar as conversas para acabar com a guerra, conforme nota da embaixada dos EUA. Desde o encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, em agosto, os esforços para reagrupar as negociações estão praticamente paralisados.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também se encontrou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdo?an, para tentar revitalizar as negociações e buscar uma paz justa para a Ucrânia. Ele pediu que as nações aliadas intensifiquem a pressão sobre a Rússia e solicitou o envio de mais mísseis de defesa antiaérea.
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