Neste sábado (22), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, encerrou a COP30 em Belém. Em um discurso emocionante, ela ressaltou os avanços nas negociações, mas também reconheceu os desafios que ainda precisam ser enfrentados. O final de sua fala foi marcado por aplausos de pé que duraram cerca de dois minutos.
“Progredimos, ainda que modestamente”, afirmou Marina ao analisar os resultados. Ela também convidou os presentes a refletirem sobre suas versões passadas na conferência Rio 92, que foi um marco na luta contra o aquecimento global.
“Embora não tenhamos alcançado tudo o que esperávamos, continuamos aqui. Devemos seguir firmes no compromisso de superar nossas diferenças e enfrentar a mudança do clima”, completou.
Marina enfatizou que o Brasil conseguiu um acordo que aumenta o financiamento para países em desenvolvimento afetados pela crise climática. Contudo, o documento não menciona os combustíveis fósseis, um ponto importante para várias delegações.
“Embora não tenhamos alcançado um consenso sobre essa questão fundamental, o apoio de diversas partes fortalece nosso compromisso”, declarou a ministra.
Entre os avanços, Marina destacou o maior reconhecimento do papel de povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes na luta contra a crise climática. Segundo ela, a ideia de transição justa “ganhou corpo e voz” com a participação ativa desses grupos.
Ela também celebrou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um mecanismo inovador que valoriza quem conserva as florestas tropicais.
Outra conquista mencionada foi o texto do Mutirão Global, que abre uma porta importante para a adaptação climática, garantindo o compromisso de países desenvolvidos em triplicar o financiamento até 2035.
Marina lembrou que 122 países apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com metas de redução de emissões até 2035. “Ainda faltam partes, mas esses resultados são vitórias para o multilateralismo climático”, destacou.
Ao finalizar, Marina agradeceu aos participantes e comentou sobre o simbolismo de realizar a COP30 na Amazônia: “Muito obrigada por visitarem nossa casa, o coração do planeta. Não conseguimos receber como vocês merecem, mas fizemos isso como um gesto de amor à humanidade e ao equilíbrio do planeta.”
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