Saiba como se formam e são medidas as rajadas de vento

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Durante tempestades, as rajadas de vento se deslocam pelas cidades, muitas vezes invisíveis, mas com efeitos claramente visíveis. Árvores derrubadas, troncos partidos e fios de eletricidade danificados são alguns dos danos causados por essas rajadas, que já registraram velocidades superiores a 100 km/h em São Paulo.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, as rajadas se formam devido a mudanças súbitas na velocidade e direção do ar. Elas ocorrem quando correntes de ar se deslocam rapidamente de um lugar para outro, aumentando, momentaneamente, a força do vento. O órgão é responsável por emitir alertas para a população antes de temporais, ajudando a minimizar danos.

Esses ventos são mais comuns durante a formação de nuvens de chuva, como as cumulonimbus, que são amplamente conhecidas. O ar quente sobe rapidamente, enquanto o ar frio desce. Quando esse ar frio atinge o solo, se espalha rapidamente em várias direções.

Além disso, rajadas podem se formar com a passagem de frentes frias, onde massas de ar de temperaturas diferentes se encontram. O vento também é influenciado por sua passagem em morros e vales, criando esses fenômenos.

Medição das Rajadas

Nem todas as rajadas de vento que atingem São Paulo são registradas oficialmente. Por exemplo, a cidade alcançou uma rajada recorde de 107,6 km/h na noite de 11 de outubro de 2024, mas é possível que ventos ainda mais fortes tenham passado sem serem medidos.

São Paulo conta com duas estações de medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizadas no Mirante de Santana e em Interlagos. Além dessas, a Prefeitura tem uma rede própria de medições, que também pode ser usada pela Defesa Civil.

A medição é realizada por anemômetros. Segundo Pedro Augusto, meteorologista da USP, existem quatro tipos: mecânico, eletromecânico, sonico e tubo de Pitot. Todos devem estar a 10 metros do solo, conforme as normas da Organização Meteorológica Mundial. O anemômetro mecânico mais comum possui copos hemisféricos que giram com o vento, convertendo esse movimento em medições de velocidade.

A Defesa Civil admite que rajadas mais intensas podem não ser detectadas. Isso acontece porque os anemômetros registram o vento em pontos específicos e o vento não se comporta da mesma forma em todos os locais simultaneamente. Prédios, árvores e ruas podem desviar ou canalizar o ar, tornando a medição ainda mais complexa.

Esses fenômenos são rápidos e localizados, podendo durar apenas alguns segundos. Se um sensor estiver longe ou cercado por obstáculos, pode não captar a intensidade máxima da rajada.


Maiores Rajadas de Vento na Grande SP

  1. 107,6 km/h – 11 de outubro de 2024 – Interlagos
  2. 105,1 km/h – 3 de novembro de 2023 – Barueri
  3. 101,5 km/h – 25 de novembro de 2010 – Mirante de Santana
  4. 101,1 km/h – 30 de janeiro de 2019 – Barueri

Outras Rajadas de Destaque

  • 95,8 km/h – 21 de fevereiro de 2011 – Mirante de Santana
  • 90 km/h – 7 de setembro de 2023 – Mirante de Santana
  • 88,6 km/h – 30 de janeiro de 2019 – Mirante de Santana
  • 87,5 km/h – 30 de janeiro de 2019 – Mirante de Santana

E aí, o que você acha sobre as rajadas de vento? Alguma vez você já presenciou um fenômeno assim? Compartilhe suas experiências e opiniões nos comentários!

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