Uma mulher de 47 anos foi presa no último domingo (23) após ser acusada de racismo e agredir um homem na saída do bar Birosca, em Brasília. Um outro homem, de 37 anos, também foi levado à delegacia por ofensas dirigidas à vítima, envolvendo sua aparência e vestimenta.
Imagens que se espalharam nas redes sociais mostram a confusão que ocorreu fora do bar. Testemunhas afirmaram que a mulher chamou o homem de “preto safado”. Em uma das gravações, a vítima indaga sobre as ofensas, questionando se ele agora também estaria vendendo drogas.
De acordo com os relatos, a mulher, que alegou ter sofrido agressão da parte do homem, disse que iria à Delegacia da Mulher. A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e deteve ambos os suspeitos, que foram levados à 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, para prestar depoimentos.
A confusão começou após uma discussão entre os suspeitos e os seguranças do bar. Um dos homens arremessou uma garrafa de água, atingindo um amigo da vítima. A mulher, tentando esclarecer a situação, acabou agredindo tanto verbal quanto fisicamente o jovem.
Apesar do racismo ser um crime inafiançável, a mulher foi liberada após audiência de custódia, sob condições cautelares. O homem que a acompanhava foi autuado por injúria e liberado após se comprometer a comparecer ao Juízo.
O bar Birosca se pronunciou, reafirmando seu compromisso com o respeito e a diversidade, e assegurou que não tolera nenhuma forma de violência em suas dependências. A boate também mencionou que tentou apartar a briga e proteger as partes envolvidas até a chegada da polícia.
Veja a íntegra do comunicado:
“A Birosca vem se pronunciar sobre o caso de racismo que ocorreu fora do nosso estabelecimento. A situação aconteceu no espaço comum do Conic, e nossa postura foi de apartar a briga e proteger os envolvidos. Reafirmamos nosso compromisso com o respeito e a diversidade, e combatemos ativamente qualquer forma de violência, especialmente o racismo.”
As identidades da vítima e dos suspeitos não foram divulgadas, já que eles não foram encontrados para comentar o ocorrido. O bar permanece aberto para possíveis manifestações.

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