Bahia apresenta diagnóstico sobre a inserção da juventude negra no mercado de trabalho entre 2013 e 2023

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Recentemente, um boletim da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria do Trabalho e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos trouxe a público um diagnóstico preocupante sobre a juventude negra na Bahia. O estudo, intitulado “Para pensar o futuro: Juventude Negra e Mercado de Trabalho na Bahia”, foi divulgado em Salvador e aponta uma redução significativa no número de jovens negros no estado.

Entre 2013 e 2023, a presença de jovens negros no universo de quem está em idade de trabalhar caiu de 35,4% para 29,4%. Essa queda é ainda mais impactante entre adolescentes de 15 a 17 anos, que registraram uma diminuição de 14,7%, correspondente a cerca de 90 mil jovens. Em contrapartida, o número de jovens não negros nessa faixa etária aumentou em 21,7%.

A taxa de participação dos jovens negros no mercado de trabalho também merece destaque. Em 2022, atingiu seu pico histórico de 64,2%, recuperando-se da queda severa provocada pela pandemia. No entanto, em 2023, essa taxa apresentou uma leve diminuição, caindo para 61,2%, mas ainda superando a taxa de participação dos jovens não negros e daqueles acima de 30 anos.

O estudo indica que, em tempos de crise, jovens não negros tendem a ficar fora do mercado de trabalho por mais tempo, possivelmente por conta de um suporte econômico familiar mais robusto. Já os jovens negros são mais propensos a retornar ao trabalho rapidamente.

Apesar da diminuição do número de jovens negros, houve avanços significativos na permanência escolar entre adolescentes de 15 a 17 anos. O número daqueles que trabalhavam ou buscavam emprego caiu em 29,8% nos últimos dez anos. Enquanto isso, a quantidade de jovens que não estudavam e não trabalhavam também diminuiu drasticamente, com reduções de 56,9% entre os negros e 20,3% entre os não negros.

Esses dados reforçam a importância de políticas públicas, como programas de transferência de renda, que têm contribuído para a educação e a redução do trabalho infantil. No entanto, a diminuição da população jovem negra nessa faixa etária, que caiu cerca de 14,1%, ao passo que a população não negra cresceu 21,3%, é um fenômeno que precisa de mais investigação para entender suas repercussões.

O que você pensa sobre esses dados? Compartilhe sua opinião e vamos discutir juntos as implicações para o futuro da juventude negra na Bahia.

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