O Exército de Israel decidiu destituir três generais e aplicar sanções disciplinares a outros oficiais de alta patente pelo fracasso em impedir os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Este foi um dos episódios mais violentos da história do país e resultou em 1.121 mortos. O anúncio ocorreu duas semanas após o comandante do Exército, Eyal Zamir, solicitar uma investigação detalhada sobre as falhas que permitiram essa ação.
Os generais destituídos são Aharon Haliva, ex-chefe de inteligência militar, Oded Basyuk, ex-comandante de operações, e Yaron Finkelman, que havia assumido recentemente a região militar sul. Haliva e Finkelman já haviam apresentado suas renúncias, admitindo responsabilidade pelos eventos de 7 de outubro, enquanto Basyuk se aposentou após a guerra de 12 dias entre Israel e o Irã.
O comunicado do Exército aponta que esses oficiais foram pessoalmente responsáveis pela falha em prever e impedir o ataque do Hamas, que partiu da Faixa de Gaza. Também foram anunciadas sanções contra comandantes da Marinha e da Aeronáutica, além de medidas disciplinares contra outros quatro generais.
A questão sobre a responsabilidade do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, permanece em aberto. Nos últimos dois anos, Netanyahu afirmou que as falhas deveriam ser investigadas somente após o conflito em Gaza. De acordo com pesquisas, a maioria dos israelenses apoia a criação de uma comissão para investigar as responsabilidades pelo ataque.
O ataque do Hamas desencadeou uma guerra devastadora em Gaza, alegadamente resultando na morte de pelo menos 69.756 pessoas, conforme dados do Ministério da Saúde palestino, que são considerados confiáveis pela ONU.
Recentemente, um comitê de especialistas, sob a liderança de Eyal Zamir, publicou um relatório identificando deficiências crônicas no aparato militar. A investigação destacou falhas em inteligência e na mobilização das tropas, sugerindo uma incapacidade de atuação diante de informações relevantes que poderiam ter prevenido os ataques.
No cenário atual, Israel e Hamas trocam acusações sobre violações da trégua que começou em 10 de outubro, após dois anos de conflito. O Hamas informou que uma delegação importante está no Cairo em discussões sobre a continuação do cessar-fogo.
Este é um momento decisivo para a política interna de Israel. Quais são suas opiniões sobre as demissões e as responsabilidades a serem atribuídas? Deixe seu comentário!


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