O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participou de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde abordou as atribuições da autarquia diante de investigações criminais, especialmente em referência à recente Operação Carbono Oculto. Ele destacou que o papel do BC é identificar irregularidades em operações financeiras. Quando isso ocorre, o banco tem a obrigação de comunicar o Ministério Público, que é responsável por prosseguir com a investigação.

Galípolo também se manifestou sobre uma notícia que mencionou sua viagem ao exterior coincidente com o dia da operação. Ele criticou a interpretação que sugeria uma abordagem agressiva do Banco Central, afirmando: “Revela uma expectativa de quem escreveu aquilo, de que o presidente do Banco Central estivesse com a metralhadora na mão, dando chute em uma porta para invadir uma instituição. Não é papel do Banco Central.”

A declaração chamou a atenção e gerou discussões sobre as atribuições e os limites da atuação do Banco Central no contexto de investigações criminais, reafirmando a separação dos papéis institucionais e a seriedade com que devem ser tratados os processos de fiscalização.