Gabriel Spalone, um influenciador acusado de desviar mais de R$ 146 milhões por meio de fraudes no Pix, foi extraditado da Argentina para o Brasil na última sexta-feira. Ele estava preso em Buenos Aires desde 27 de setembro, quando foi capturado ao desembarcar de um voo vindo do Panamá.

O advogado de Spalone, Eduardo Mauricio, informou que o influenciador concordou com a extradição. Segundo o defesa, essa decisão reflete a disposição de Gabriel em colaborar com a Justiça. Segundo Mauricio, “Gabriel nunca fugiu. Ele já se encontrava no exterior e isso tudo foi uma aventura jurídica da autoridade policial, que alegou que Gabriel tinha fugido.” A defesa também aguarda o julgamento de um habeas corpus no Tribunal de Justiça, solicitando que Spalone responda ao processo em liberdade.

O Caso

Spalone é o principal alvo de uma investigação da Polícia Civil de São Paulo que apura um esquema que desviou R$ 146 milhões usando fraudes no Pix. Ele é proprietário da Dubai Cash e da Next Trading Dubai, fintechs que atuam em pagamentos e investimentos. A Dubai Cash afirma ter movimentado mais de R$ 2 bilhões em transações por Pix, enquanto a Next se apresenta como uma empresa de serviços financeiros globais. Gabriel possui imóveis em São Paulo e em Dubai.

Além dele, outros dois homens também são investigados. Eles teriam lucrado cerca de R$ 75 mil com o esquema. A defesa deles não foi localizada. A investigação apontou que os criminosos usaram várias contas bancárias para receber os valores e se utilizaram do Pix para transferências.

A Polícia Civil revelou que os golpistas desvendaram os valores do banco em fevereiro deste ano, utilizando a credencial de uma prestadora de serviços. No dia 23 de setembro, a 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos iniciou a Operação Dubai, visando cumprir mandados de prisão preventiva contra Spalone e os outros dois homens. Enquanto um foi encontrado em São Paulo e outro em Campinas, Spalone não foi localizado até então.

O nome de Gabriel chegou até a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol, mobilizando agentes policiais de vários países, incluindo Argentina, Panamá, Paraguai e Estados Unidos. Ele foi finalmente preso em um aeroporto de Buenos Aires após desembarcar de um voo proveniente do Panamá.

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