Na terça-feira, 18 de setembro, o Ministério da Justiça iniciou um leilão antecipado que inclui pelo menos 200 veículos apreendidos pela Polícia Federal. Esses veículos estão ligados a operações contra crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. As vendas devem se prolongar até o primeiro semestre de 2024.
A venda dos veículos, muitos dos quais estão sob custódia da polícia desde 2004, foi autorizada por uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo em agosto. Essa medida atende a um pedido da PF, que alertou para a deterioração e perda de valor dos bens apreendidos. Além disso, a corporação enfatizou que o leilão ajudaria a reduzir o acúmulo de veículos em pátios, tornando a destinação de bens apreendidos mais ágil.
Simultaneamente, a destinação dos recursos gerados por essas vendas se tornou um tema polêmico entre o governo Lula e a Câmara dos Deputados no marco do projeto de Lei Antifacção. O texto, aprovado pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP) também no dia 18, sugere que a receita das apreensões em operações contra o tráfico de drogas seja redirecionada do Fundo Nacional Antidrogas (Funad) para o Fundo Nacional de Segurança Pública.
Por outro lado, o Ministério da Justiça ressaltou que, embora as intenções possam ser legítimas, o Funad desempenha um papel importante no financiamento de políticas públicas de prevenção, reinserção de usuários e investimentos na repressão ao tráfico. A pasta alertou que a interrupção do repasse de recursos ao Funad poderia afetar gravemente essas iniciativas e ter consequências imediatas para as políticas de segurança e enfrentamento às drogas.
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