Sobe para 83 o número de mortos no pior incêndio em Hong Kong em 30 anos

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O incêndio que abalou Hong Kong nos últimos dias deixa um rastro devastador. As autoridades locais confirmaram até agora **85 mortes**, com **68 feridos** hospitalizados, sendo 16 em estado crítico e 25 em situação grave. Além disso, **279 pessoas estão desaparecidas**.

As chamas começaram na tarde de quarta-feira, 26 de novembro, e rapidamente se espalharam por sete dos oito edifícios do complexo residencial **Wang Fuk Court**, localizado no distrito de Tai Po. Este incidente marca o pior incêndio na região nas últimas três décadas.

O fogo teve início em um dos edifícios, intensificando-se devido a andaimes de bambu, lonas impermeáveis e outros materiais inflamáveis utilizados nas obras de renovação iniciadas em julho de 2024. Em apenas 43 minutos, o Departamento de Bombeiros teve que elevar o alarme de nível 1 para 4, e quatro horas depois, para o nível 5, o mais alto na escala local.

A velocidade com que o incêndio se espalhou chamou a atenção das autoridades, que encontraram materiais altamente inflamáveis nas estruturas. Após quase 10 horas de operações, as chamas estavam sob controle, mas ainda restavam focos em três edifícios.

Cerca de **1.250 bombeiros**, **304 veículos de emergência** e **26 equipes especializadas** foram mobilizados para o combate. As autoridades também tomaram precauções devido ao risco de colapso parcial dos andaimes, já que fragmentos começaram a cair.

Três pessoas, incluindo dois diretores e um consultor de engenharia da empreiteira responsável pelas obras, foram presas sob a acusação de homicídio culposo por uso de materiais inadequados. A polícia também revistou os escritórios da empresa administradora do complexo e a residência de um dos suspeitos, enquanto a investigação da origem do incêndio prossegue.

O chefe do Executivo de Hong Kong, **John Lee**, classificou a tragédia como uma “catástrofe maciça”, suspendendo todas as campanhas eleitorais para o Conselho Legislativo e sinalizando a possibilidade de adiar o pleito marcado para 7 de dezembro. Ele também ordenou inspeções em todas as obras em andamento na cidade.

A solidariedade tem aumentado, com doações expressivas de grandes empresas. A Fundação Jack Ma, Alibaba e Ant Group comprometeram **60 milhões de dólares de Hong Kong** para apoiar as famílias afetadas. Além disso, empresas como BYD, NetEase e Didi doaram **10 milhões de dólares** cada uma para ajudar nos esforços de assistência.

Esse incêndio já supera o trágico saldo do incêndio no edifício comercial Garley, em 1996, que até agora era considerado o pior incidente desse tipo em Hong Kong, resultando em **41 mortes**.

Esse evento doloroso destaca a necessidade urgente de revisar normas de segurança em construções na região. O que você acha sobre as medidas que devem ser tomadas após essa tragédia? Compartilhe sua opinião.

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