Caminhoneiros anunciam paralisação nacional a partir de quinta-feira, com pauta voltada a melhorias nas condições de trabalho e à anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos investigados pelos atos de 8 de Janeiro.

O anúncio foi feito nesta terça-feira por o desembargador aposentado Sebastião Coelho e por Chicão Caminhoneiro, representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). A paralisação terá início na quinta-feira.

Segundo vídeo divulgado nas redes, a mobilização pretende ingressar com uma ação para respaldar juridicamente o movimento. Entre as pautas estão:

  • estabilidade nos contratos;
  • cumprimento das normas em vigor;
  • ajustes no Marco Regulatório do Transporte de Cargas;
  • criação de aposentadoria especial após 25 anos de atividade.

Entre as reivindicações também está a anistia ampla, geral e irrestrita para todos envolvidos no 8 de Janeiro e para o presidente Jair Bolsonaro. Coelho, aliado de Bolsonaro, já havia chamado apoiadores para um ato em defesa da anistia, que permanece preso na sede da Polícia Federal. Em 2018, uma paralisação da categoria durou 10 dias e provocou falta de combustíveis e alimentos em várias regiões do país.

Entre as imagens divulgadas, há registro de uma conversa em que os caminhoneiros afirmam que a paralisação é o caminho que restou para defender seus interesses. Em sua publicação, Coelho enfatizou que o objetivo principal é a anistia para todos os envolvidos no movimento.

Imagem ilustrativa da paralisação

Em sua página no Instagram, o desembargador aposentado descreveu a paralisação como a opção que restou e reiterou o objetivo: a anistia ampla para todos do 8 de Janeiro e para Bolsonaro. O post reforça que o destino é o Congresso Nacional, que, na visão dos organizadores, estaria “de costas para o povo brasileiro”.

 

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Entre os canais de divulgação, o grupo também citou uma possível atuação jurídica para respaldar o movimento. A ideia é organizar uma resposta institucional que antecipe impactos na logística e nos abastecimentos em diferentes regiões do país.

O debate sobre a paralisação reaparece em meio a um cenário internacional. No Brasil, analistas observam os desdobramentos com atenção, inclusive pela importância do transporte de cargas para a economia. No momento, não há confirmação de quando exatamente as atividades poderão retornar ao normal, caso haja acordo entre as partes.

E você, como a paralisação pode impactar a sua cidade ou região? Compartilhe a sua opinião nos comentários e conte como isso pode afetar o dia a dia de quem usa as vias, de quem trabalha com caminhões e de quem consome nos supérmercados e postos de combustível.