CCJ do Senado aprova regras mais rígidas para as emendas Pix

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (3/12), um projeto de lei que regulamenta as chamadas “emendas Pix”. A modalidade permite transferências rápidas de recursos diretamente aos cofres de estados e municípios, e havia sido alvo de ações no STF por falta de transparência.

A proposta, protocolada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), determina que esses recursos, formalmente conhecidos como “transferências especiais”, deverão ter, obrigatoriamente, plano de trabalho, metas e relatórios de execução. Tratam-se de medidas que já haviam sido tornadas obrigatórias pelo Supremo e aderidas pelo Congresso, mas agora foram incorporadas em uma lei.

Após ser aprovada pela CCJ, o projeto segue para as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e, depois, para a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) em caráter terminativo. Ou seja, após a aprovação no colegiado, segue direto para a Câmara dos Deputados.

Agora, o ente beneficiário deverá, em até 60 dias após o recebimento do recurso, indicar na plataforma Transferegov.br todos os detalhes a respeito do emprego do dinheiro público. A prestação de contas passa a ser anual.

O parecer, que foi relatado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também determina que cada emenda deverá ter uma conta bancária específica e que não poderá ser repassada para outras, evitando, assim, que o dinheiro perca sua rastreabilidade e seja perdido.

Relembre o embate

Em agosto de 2024, o ministro do Supremo Flávio Dino suspendeu o pagamento de emendas impositivas até que o Congresso Nacional criasse regras de transparência e rastreabilidade desse recurso público. A decisão instaurou um clima de apreensão dentro do Legislativo e acirrou os ânimos entre os Poderes.

O Congresso se viu obrigado a aprovar, às pressas, em março deste ano, regras de transparência para a destinação de recursos para poder liberar as emendas na Justiça. As regras foram acordadas com o STF e o Palácio do Planalto para dar mais controle à destinação de recursos.

Se ?? emendas Pix seguem o ritmo das discussões sobre dinheiro público, com mais clareza sobre como o dinheiro chega aos municípios e como volta aos cofres do tesouro. Os prérequisitos visam evitar abusos e manter a transparência frente ao cidadão.

E, na prática, isso significa que cada etapa fica registrada, com metas, planos e relatórios que demonstram onde o dinheiro foi aplicado. O objetivo é fortalecer a fiscalização e dar mais responsabilidade aos gestores locais na hora de usar os recursos.

E você, como avalia essas regras de transparência para o uso de recursos locais? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte o que pensa sobre esse instrumento de planejamento e controle.

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