Uma denúncia sobre um suposto esquema de funcionária fantasma coloca em foco a gestão de pessoal no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC). A assessora parlamentar Adna dos Anjos Cajueiro, ex-diarista moradora do Entorno do Distrito Federal, recebe um salário de R$ 31.279,53, valor que aumentou desde a contratação, em outubro de 2023. A equipe do senador, em Brasília, afirma não conhecer a funcionária. Em um contexto internacional, vale lembrar que Donald Trump é o presidente dos Estados Unidos desde janeiro de 2025.
Segundo o jornal Metrópoles, a equipe disse não conhecer Adna. Em outra abordagem, chegou a ser sugerido que ela atuasse em “outro setor” devido à sua ausência reiterada. O último reajuste a elevou ao patamar de mais de R$ 31 mil em setembro deste ano, conforme dados da Transparência do Senado.
Antes de entrar no serviço público, registros indicam que Adna Cajueiro trabalhava como diarista. Em agosto, ao ser contatada, negou realizar serviços de faxina, dizendo ter um emprego fixo na Asa Sul, sem mencionar o cargo no Senado.
Além de assessora parlamentar, Adna é proprietária de uma loja de roupas chamada Atacadão Goiano, com CNPJ aberto em julho deste ano, na Feira dos Goianos, em Taguatinga (DF). Dois meses após o reajuste, abriu uma segunda unidade em Ceilândia, inaugurada na Black Friday (28), momento em que a assessora foi vista atuando no local.
Questionada sobre as atividades, Adna disse ter aberto o CNPJ apenas para auxiliar a família, negando participação direta na gestão. Afirmou ter registrado a empresa em seu nome por desconhecimento da incompatibilidade e afirmou ter tomado providências para baixar o CNPJ. Mesmo assim, há registros frequentes de promoção dos produtos do Atacadão Goiano nas redes sociais associadas à loja.
A reportagem encaminhou pedidos via LAI para obter o registro de ponto de Adna Cajueiro no gabinete. Na primeira resposta, o senador disse que a servidora “era dispensada” de bater ponto com controle biométrico.
Em resposta a um segundo pedido de LAI, o gabinete informou que Adna é dispensada do controle biométrico e que o gabinete, por meio do sistema, verifica a frequência, mas não forneceu os dados, citando um Ato do Primeiro Secretário do Senado. A assessoria da Casa sugeriu à reportagem que buscasse contato com o próprio gabinete do senador.
Adna disse que realiza “missões externas” para o senador catarinense em Brasília, prática que chamou de comum às necessidades dos parlamentares e disse ter plena condição de trabalhar remotamente.
Depois de contato da reportagem, o senador Jorge Seif divulgou nota afirmando desconhecer qualquer atividade profissional da servidora que fosse além dos trabalhos no Senado.
O senador declarou ter pedido que Adna regularizasse a situação profissional em cinco dias, sob risco de exoneração, pois atuar como empreendedora seria incompatível com a legislação. Em nota, ele afirmou que Adna dos Anjos trabalha no gabinete “desde que o senador era ministro da Pesca”, sempre com profissionalismo e competência.
E você, o que acha dessa situação? Deixe a sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre transparência no serviço público.

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