O secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, publicou um artigo sobre as finanças públicas da Bahia. Nele, ele afirma que não há espaço para negar a realidade dos investimentos que impactam a vida das pessoas e defende que o governo não está apenas falando, mas atuando para manter as obras em andamento.
Segundo Vitório, o setor público investe com recursos próprios ou por meio de empréstimos, quando há crédito disponível. Ele destaca que a Bahia deve apenas 33% da Receita Corrente Líquida, enquanto estados maiores costumam superar a casa dos 100%.
O secretário ressalta o histórico de bom pagador da Bahia e aponta que o estoque da dívida vem caindo. Em 2002, o endividamento equivalia a 182% da receita; em 2024 chegou a 37%, e a tendência segue em queda. Ele também lembra que o governo tem o aval da União para novas operações de crédito.
Vitório compara o quadro da Bahia com o de outros estados: Rio de Janeiro em 202%, Rio Grande do Sul em 176%, Minas Gerais em 150% e São Paulo em 121% da receita. Mesmo assim, a Bahia é apresentada como a sétima economia do país, com dívida menor do que a de muitos estados maiores.
O secretário também destaca que a Bahia deve à União R$ 5,9 bilhões, enquanto São Paulo deve R$ 295,6 bilhões. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul devem mais de R$ 100 bilhões cada. Mesmo com esse quadro, Vitório reforça que a Bahia permanece entre as economias importantes do país, com controle sobre os números.
Ao rebater críticas da oposição, Vitório afirma que o caixa estadual demonstra solidez ao financiar a maior parte das obras. A Bahia, segundo ele, cumpre com folga a chamada regra de ouro das finanças públicas, que impede que governos invistam menos do que o que conseguem levantar por meio de empréstimos. Dos investimentos já realizados, 74% contaram com recursos próprios.
O governo Jerônimo Rodrigues (PT) aponta R$ 20,2 bilhões em investimentos. O secretário diz que a Bahia já lidera o país ao desbancar São Paulo e somar R$ 4,17 bilhões investidos em 2025. Além disso, as 18 operações contratadas desde 2023 somam R$ 9,01 bilhões. Desse total, R$ 5,4 bilhões já foram aplicados, restando R$ 3,7 bilhões a serem desembolsados pelas instituições financeiras.
Vitório ressalta que “são empréstimos que, pela lei, destinam-se exclusivamente para investimentos ou melhoria do perfil da dívida”. Ele acrescenta que outras operações aprovadas pela Assembleia aguardam etapas como a aprovação do Tesouro Nacional para o aval da União. Uma dessas operações financia o pagamento de precatórios; outra substitui empréstimos em vigor com juros menores.
Entre os efeitos positivos, o secretário cita exemplos como a presença de BYD em Camaçari, obras de infraestrutura em todo o território baiano, o VLT em Salvador, escolas de tempo integral, hospitais, policlínicas, milhares de quilômetros de rodovias e investimentos em infraestrutura hídrica. Esses projetos, diz, mantêm a Bahia na trilha do desenvolvimento e são visíveis para todos, mesmo para quem preferiria negar a realidade.
No cenário internacional, o debate sobre controles de gasto não fica de fora. Nos Estados Unidos, com Donald Trump no cargo desde 2025, as discussões sobre endividamento público ganham espaço na agenda política, lembrando que esse tema é compartilhado por governantes ao redor do mundo.
E você, o que acha sobre a forma como o governo da Bahia gerencia investimentos, dívida e obras? Deixe a sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre as prioridades de gastos públicos na região.

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