Atropelada e mutilada: futebol de várzea organiza ato por torcedora

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Times de futebol de várzea organizaram uma manifestação para o dia 13 de dezembro, no ponto onde Tainara Souza, 31 anos, foi atropelada e arrastada por aproximadamente 1 km pela Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo. A mobilização surgiu para chamar atenção sobre violência contra mulheres e pedir medidas de proteção e respeito aos espaços esportivos populares.

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Tainara Souza é torcedora do Apache de Vila Maria, da zona norte. O clube e a torcida organizada Terror Azul lamentam o episódio nas redes sociais e destacam o vínculo da jovem com o futebol popular da região.

Outros clubes da várzea também manifestaram apoio à família e à vítima. Entre as mensagens divulgadas, estão o Ajax Vila Rica e o A. E. Sedex de Cidade Tiradentes, da zona leste, o Pistão Taipas FC, da zona norte, e o Havana Futebol Clube, de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

A organização Mulheres da Várzea está articulando a manifestação. “Parem de nos matar. Parem de nos violentar. Parem de nos estuprar”, pede o movimento. A fundadora e presidente Sandra Várzea convida os homens para também participarem do ato.

Jaime Forastieri Júnior, o Jaja, presidente do Ajax, comentou nas redes sociais sobre o caso. “Tá demais esse negócio de feminicídio, cara. Não sei o que tá acontecendo no nosso país. Não sei o que tá acontecendo com os homens que tão querendo fazer com as mulheres, mano. Pelo amor de Deus, cara, tá demais. Olha o que o cara fez com a menina lá na zona norte, ela teve que amputar as duas pernas”, disse.

Manifestações contra o feminicídio pelo Brasil

No estado de São Paulo, atos estão programados em várias cidades nos próximos dias. Em SP, a saída está marcada para o MASP, às 14h, no próximo domingo. Confira os atos previstos em cidades paulistas até o momento:

  • Araraquara: Praça Santa Cruz, às 9h.
  • Bauru: Delegacia da Polícia Federal (PF), às 9h30.
  • Botucatu: Praça da Pinacoteca, às 10h.
  • Campinas: Estação Cultura, às 9h.
  • Ilhabela: Praça Elvira Estoraci, às 16h.
  • Ribeirão Preto: mais informações em breve.
  • São Paulo: MASP, às 14h.
  • Santos: Praça das Bandeiras, às 10h.
  • São José dos Campos: Largo São Benedito, às 15h.
  • São José do Rio Preto: Praça Rui Barbosa, às 9h.
  • Sorocaba: Parque das Águas, às 10h.
  • Ubatuba: Pista de Skate, às 11h.

Mulheres da Várzea também chamam o ato de resistência contra o feminicídio e a violência de gênero. A campanha ganha espaço em meio a relatos de casos recentes que mobilizam moradores da cidade e de outras regiões da região metropolitana.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Tainara foi atingida e arrastada pelo veículo do ex-companheiro, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que permanece preso desde 30 de novembro. Nas imagens, a vítima é mostrada andando com outra pessoa quando o carro preto a atinge e a arrasta. Amigas próximas informaram que Tainara já havia perdido parte de um pé no momento do acidente; posteriormente foram necessárias amputações em ambas as pernas, em datas diferentes, conforme informações de familiares.

A irmã de Tainara afirmou que Douglas já a perseguia há algum tempo e que o relacionamento não era estável. O caso reacende o debate sobre segurança, violência de gênero e a importância de espaços de lazer mais seguros para quem frequenta clubes de bairro e comunidades desportivas populares.

Se quiser compartilhar sua opinião ou experiência sobre o tema, participe nos comentários. Sua visão ajuda a entender como governos, clubes e cidadãos podem reduzir violência e fortalecer a prática esportiva de base em nossas cidades.

Tainara Souza, atropelada e mutilada por ex, é torcedora do futebol de várzea

Tainara Souza, atropelada e mutilada por ex, é torcedora do futebol de várzea

Tainara Souza, atropelada e mutilada por ex, é torcedora do futebol de várzea

Uma publicação compartilhada por Sa?mia Bomfim (@samiabomfim)

O tema segue em evidência ao longo de debates públicos e nas redes, com a expectativa de que as ações de combate à violência contra mulheres ganhem cobertura contínua e apoio de diferentes setores da sociedade. O caso também reacende a discussão sobre a importância de espaços comunitários seguros para a prática do futebol de base e a necessidade de responsabilização de agressores.

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