Neste domingo, 7 de dezembro de 2025, o ministro do Interior do Benin, Alassane Seidou, anunciou que uma tentativa de golpe de Estado, realizada por um grupo de soldados, foi frustrada. Os militares, que haviam afirmado ter destituído o presidente Patrice Talon em transmissão pela TV estatal, foram contidos pelas forças leais ao governo.
Seidou destacou que a população e os líderes do país permaneceram fiéis à República, o que ajudou a manter a estabilidade. O governo, segundo ele, convidou os moradores a prosseguir com suas atividades diárias normalmente, sem dar mais detalhes sobre a situação.
Um grupo militar havia lido um comunicado onde afirmavam a destituição de Talon e a nomeação do tenente-coronel Tigri Pascal como novo presidente. Contudo, fontes próximas ao exército asseguraram que Talon estava a salvo e que a situação foi rapidamente controlada.
As imagens de veículos militares e relatos de disparos em Cotonou geraram um clima de incerteza entre a população, com o acesso às redes de comunicação dificultado. A embaixada da França pediu que seus cidadãos permanecessem em casa até nova orientação. Paralelamente, os Estados Unidos informaram que estão monitorando a situação e recomendaram cautela aos seus cidadãos na região.
Essa tentativa de golpe ocorre em um contexto delicado para o Benin, que tem eleições presidenciais agendadas para abril de 2026. O ministro da Economia e Finanças do país, Romuald Wadagni, foi anunciado como o candidato do governo, já que Patrice Talon não pode se candidatar novamente após completar dois mandatos.
O Benin, que passou por um histórico de estabilidade política, agora enfrenta desafios à sua democracia, com o ex-presidente e alguns opositores ainda presos. A situação se torna ainda mais complexa quando se observa que a instabilidade na região foi evidenciada por um recente golpe na Guiné-Bissau.
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