Nem da Rocinha, uma das figuras mais conhecidas do tráfico no Brasil, foi transferido em uma operação secreta realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais. Ele saiu da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e foi levado para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Essa mudança, ocorrida no mês passado, visa enfraquecer as lideranças do crime organizado.
Preso desde setembro de 2011, Nem, que faz parte do Terceiro Comando Puro, cumpria uma pena de 96 anos. Embora tenha sido um dos líderes do tráfico na Rocinha, atualmente ele não detém nenhum cargo de liderança. Antes de ser transferido, estava em penitenciária no Paraná desde outubro de 2023.
Na mesma prisão onde agora está, havia Fernandinho Beira-Mar até sua fuga em março do ano passado. Mesmo durante seus anos de encarceramento, Nem se formou no Ensino Médio por meio da Educação de Jovens e Adultos e teve a experiência de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023, mas não conseguiu ser aprovado em nenhuma universidade.
Para passar o tempo, leu apenas cinco livros durante os 13 anos na prisão, o que equivale a um livro a cada dois anos e meio. Entre as obras está “A Cabana”, de William P. Young, que conta a história de um pai passando por um momento devastador após a perda da filha.
Esse caso levanta questões sobre o sistema penitenciário e as perspectivas de reabilitação de pessoas envolvidas com o crime. O que você pensa sobre a possibilidade de recuperação em situações como essa? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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