Impactos na Lua viram espetáculo astronômico com pico das Geminídeas

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No programa Olhar Espacial da última sexta-feira, Marcelo Zurita conversou com Lauriston Trindade, membro da Bramon, e Marcelo Domingues, astrônomo amador, sobre um fenômeno intrigante: as pequenas chuvas de meteoro que atingem a Lua diariamente, conhecidas como Fenômenos Lunares Transientes (TLPs).

Domingues explicou que as TLPs geralmente resultam de impactos de meteoritos na Lua. Diferentemente da Terra, onde vemos o brilho de asteroides, na Lua podemos observar o brilho do impacto diretamente no solo lunar. Esses eventos são impressionantes devido à energia gerada, que pode ser vista da Terra.

Conforme mencionado, um asteroide chamado 2024 YR4 pode potencialmente colidir com a Lua em 2032, criando um espetáculo visual, embora as chances sejam remotas.

Quando observar TLPs

Independentemente de um evento significativo, com frequência podemos ver TLPs. Lauriston destacou que um asteroide de um metro é suficiente para ser observado a mais de 350 mil km. Apenas 2% da energia gerada é dissipada como luz, o que torna esses eventos visíveis da Terra.

Fragmentos menores atingem a Lua regularmente, provocando flashes de impacto. Recentemente, o observador japonês Daichi Fujii registrou dois TLPs em mais de 48 horas. Desde 2011, ele já documentou mais de 60 impactos, tornando-se uma referência nesse tipo de observação.

Geminídeas e a observação de flashes lunares

Dezembro é o mês ideal para observar TLPs, especialmente durante o pico da chuva de meteoros Geminídeas, que ocorre entre os dias 13 e 14. A Bramon está promovendo uma campanha para incentivar os moradores a registrar esses impactos.

Diferente de chuvas de meteoros anteriores, o próximo final de semana terá uma janela de apenas duas horas para observar os flashes, com mais de 50% da Lua em escuridão, facilitando a visualização dos TLPs.

Lauriston explicou que quando uma grande parte da Lua está iluminada, pode ser difícil observar os flashes devido à luminosidade. No entanto, entre os dias 13 e 14, as condições são favoráveis, pois haverá uma área escura suficiente para criar um ambiente ideal para a visualização dos impactos.

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