Irã e Egito manifestaram a rejeição à proposta da FIFA para associar o jogo entre suas seleções, no Grupo G da Copa do Mundo de 2026, a ações de apoio à comunidade LGBTQIA+. A partida acontecerá em Seattle, uma cidade conhecida por sua grande população LGBTQIA+ nos Estados Unidos.
A ideia de transformar o duelo em um “Pride Game” foi divulgada por veículos internacionais antes mesmo do sorteio que ocorreu na última sexta-feira em Washington. O grupo inclui também Bélgica e Nova Zelândia.
Mehdi Taj, presidente da Federação Iraniana de Futebol, considerou a proposta inadequada e destacou que tanto o Irã quanto o Egito estão contrários a ela.
A legislação do Irã, baseada na sharia, proíbe relações homoafetivas e impõe severas punições, o que afeta a posição política e esportiva do país. A federação iraniana planeja apresentar formalmente seu descontentamento à FIFA.
A Associação Egípcia de Futebol também enviou uma carta ao secretário-geral da FIFA, Mattias Grafstrom, negando qualquer atividade relacionada ao tema durante a partida. O Egito argumentou que as competições oficiais não devem ser usadas para promover pautas “sensíveis”, conforme os regulamentos da FIFA.
Embora o Egito não tenha leis que criminalizem explicitamente relações entre pessoas do mesmo sexo, as autoridades utilizam interpretações legais amplas para punir comportamentos associados à comunidade LGBTQIA+.
A Copa de 2026 será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, marcando a sétima participação do Irã em Copas do Mundo. A relação diplomática entre Teerã e Washington está suspensa desde 1980, impactando até mesmo a preparação da seleção iraniana, que enfrentou dificuldades para obter vistos para parte de sua delegação, mas acabou representada pelo técnico Amir Ghalenoei e alguns dirigentes.
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