A Polícia Federal (PF) lançou na manhã desta quarta-feira (10) a Operação TDI, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que obtinha benefícios assistenciais para idosos por meio de documentos falsos na Bahia.
Em ação coordenada com o Ministério da Previdência Social, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Irará, afetando dois suspeitos que teriam causado um prejuízo estimado de R$ 2 milhões. Além disso, a operação impediu que cerca de R$ 1,3 milhão fosse desembolsado de forma irregular.
Os mandados visam coletar documentos e materiais que comprovem as fraudes, além de identificar bens adquiridos ilicitamente.
As investigações, que começaram há cerca de quatro meses, revelaram beneficiários fictícios que recebiam pagamentos fraudulentos do INSS, alguns há mais de 15 anos.
A PF e o Núcleo de Inteligência do Ministério da Previdência descobriram que as identidades usadas para obter os benefícios não estavam registradas no Instituto de Identificação da Bahia. Também foi constatado que os falsários utilizavam documentos diferentes para receber mais de um benefício.
Os dois identificados como responsáveis pelo esquema se cadastraram como procuradores dos beneficiários fictícios, permitindo o saque dos valores em bancos sem a presença dos titulares.
As investigações também revelaram que os cadastros no INSS foram feitos com a apresentação de atestados médicos falsos, alegando que os beneficiários não podiam Comparecer às agências.
Os envolvidos poderão enfrentar acusações de estelionato qualificado e associação criminosa, com penas que podem chegar a dez anos de prisão.
O nome da operação, TDI, faz referência ao Transtorno Dissociativo de Identidade, relacionado ao uso de múltiplas identidades no mesmo esquema criminoso.
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