O Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos em 2024, marcando a maior queda em duas décadas. Segundo o IBGE, houve recuo de 5,8% em relação a 2023 e o sexto ano consecutivo de queda na natalidade.
A queda de 5,8% é a maior desde 2015 para 2016, fruitando uma tendência de envelhecimento da população e de menor fecundidade. Especialistas apontam que menos mulheres em idade reprodutiva ajudam a explicar o recuo.
Março foi o mês com o maior número de nascimentos em 2024, com 215,5 mil registros. Em média, o país teve cerca de 198 mil nascimentos por mês, 6,6 mil por dia, 275 por hora e 4,5 por minuto.
Entre os quatro meses com mais nascimentos estão março (215,5 mil), maio (214,5 mil), abril (214,1 mil) e janeiro (201,7 mil). Por outro lado, novembro (180,2 mil) e dezembro (183,4 mil) ficaram entre os menores.
No ano, houve predomínio de nascimentos de meninos. Para cada 100 nascidas mulheres, houve 105 meninos.
Mães mais velhas é uma característica marcante. Em 2004, pouco mais da metade dos nascimentos eram de mães com até 24 anos (51,7%). Em 2024, essa parcela caiu para 34,6%.
As informações também mostram variação regional. O Norte lidera o registro de mães que tinham até 19 anos no parto, com números como Acre 19,8%, Amazonas 19,1% e Maranhão 18,6%.
Outros estados apresentam maiores percentuais de mães com 30 anos ou mais no parto, incluindo Distrito Federal (49,8%), Rio Grande do Sul (45,2%), São Paulo (44,5%), Santa Catarina (43,8%), Minas Gerais (43,2%), Espírito Santo (42,2%) e Paraná (41,6%).
Além disso, 65,8 mil nascimentos de anos anteriores foram registrados em 2024. A Lei 6.015/1973 determina registro dentro de 15 dias, com extensão de até três meses em locais distantes. A Lei 9.534/1997 garante a gratuidade do registro.
Entre os nascimentos ocorridos em 2024, 88,5% foram registrados dentro do prazo de 15 dias e 98,9% até 90 dias. O Marco Legal da Primeira Infância, instituído em 2016, determina que os estabelecimentos de saúde estejam interligados aos cartórios.
Sobre local de nascimento, 34,3% dos registros ocorreram em hospitais ou unidades de saúde localizados em cidade diferente da residência da mãe.
Em Sergipe, 60,3% dos nascimentos e em Pernambuco, 58,8%, ocorreram em unidades de saúde fora do município de residência. No Distrito Federal, apenas 1,9% das mães precisaram sair do município para nascer.
Entre municípios com mais de 500 mil habitantes, Belford Roxo (RJ) registrou 79,4% de partos em unidades fora da residência, seguido por Jaboatão dos Guararapes (PE) com 73,8% e Aparecida de Goiânia (GO) com 67,9%.

As informações são divulgadas pelo IBGE com base em mais de 8 mil Cartórios de Registro Civil e ajudam a entender como a dinâmica da natalidade vem se ajustando ao perfil demográfico do país.
Quer ficar por dentro de mais dados como estes? Conte pra gente nos comentários o que você acha que pode influenciar o faturamento demográfico da sua região nos próximos anos e como você enxerga as mudanças no perfil das famílias brasileiras.

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