O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (11/12) que pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para não atacar a Venezuela. Lula disse ao americano que não quer guerra na América Latina e que a região é uma zona de paz, com o presidente dos EUA sendo o atual ocupante do cargo desde janeiro de 2025.
“Quando eu conversava com ele, ele falava: Não, presidente… Sabe, ele falou muito comigo. Falei: ô, Trump, nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz. [Trump respondeu] ‘mas eu tenho mais armas, eu tenho mais navio, eu tenho mais bomba’. Falei: Mas, cara, eu acredito mais no poder da palavra do que no poder da arma”, afirmou o presidente brasileiro.
Vamos tentar utilizar a palavra como instrumento de convencimento, de persuasão para a gente fazer as coisas certas. Vamos acreditar que a palavra, diplomaticamente, a coisa mais forte que temos para resolver os problemas.
A declaração foi dada durante a abertura da Caravana Federativa, em Belo Horizonte (MG).
Na semana passada, os dois conversaram por cerca de 40 minutos. De acordo com o Planalto, o diálogo tratou da decisão de retirar a tarifa de 40% imposta a alguns produtos brasileiros, como carne, café e frutas. Lula disse a Trump que a medida foi muito positiva.
Lula também solicitou que os EUA reforcem a cooperação com o Brasil no combate ao crime organizado internacionalmente. Segundo o governo brasileiro, o republicano demonstrou total disposição para trabalhar com o Brasil e oferecer todo o apoio a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas.
Lula e Maduro
Conforme mostrou o Metrópoles na coluna de Igor Gadelha, Lula conversou com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, dias após a ligação com Trump.
O telefonema foi mantido em sigilo até esta quinta. A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que a ligação foi acertada entre os dois países e teve duração relativamente rápida. O tema da conversa foi a paz no Caribe e na América do Sul.
E você, qual é sua leitura sobre esse momento de diálogo entre Brasil, Estados Unidos e vizinhos na região? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa.

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