Gustavo Gayer é indiciado pela PF por desvio de cota parlamentar

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A Polícia Federal indiciou o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suspeita de desvio de cota parlamentar e participação em associação criminosa. O filho do parlamentar e integrantes de seu gabinete também foram indiciados. O inquérito apura o uso de recursos públicos por meio de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

As investigações apontam que o grupo falsificou documentos para criar a OSCIP e direcionar recursos da cota parlamentar, configurando peculato-desvio, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e formação de associação criminosa.

Em outubro do ano passado, a PF deflagrou buscas contra o deputado e assessores. Foram cumpridos 19 mandados em Goiás e no Distrito Federal, e mais de R$ 70 mil foram apreendidos com um funcionário ligado ao gabinete.

Gayer reage ao indiciamento

Em vídeo publicado na rede social X, Gayer disse ter sido indiciado “junto com praticamente todo o gabinete e até mesmo o filho”. Em tom irônico, o parlamentar alegou perseguição política e classificou as acusações como “absurdas”.

“URGENTE!! MINHA CASA CAIU! Moraes descobriu minha Associação Criminosa e fui INDICIADO”, escreveu.

O deputado afirmou que a PF usou informações desatualizadas sobre uma escola de inglês que manteve até 2020, chamada Gustavo Gayer Language Institute. Segundo ele, o endereço onde funcionava a escola passou a ser um escritório político e o “Bolso Point”, espaço onde gravava podcast e vendia produtos ligados ao bolsonarismo durante a campanha de 2022.

Gayer afirma que a escola havia migrado para o formato online e que o contrato social nunca foi atualizado, o que teria levado à confusão. “Estão dizendo que eu escondi uma escola de inglês dentro do meu escritório político”, declarou.

Lojinha on-line e associação

O parlamentar também comentou a acusação envolvendo uma loja virtual registrada em nome do filho, que vendia roupas e itens políticos. Ele disse que a operação nunca prosperou e que a PF usa o registro formal da atividade para justificar o indiciamento do jovem.

Sobre a OSCIP, Gayer alegou que a entidade nunca recebeu emendas parlamentares e que o apoio dado por ele foi apenas para “ajudar a regular a documentação”, negando qualquer intenção de desviar recursos.

Candidatura ao Senado em 2026

Gayer afirmou que o indiciamento é uma manobra para inviabilizar sua candidatura ao Senado em 2026 e acusou o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso, de perseguição. Segundo o deputado, o STF teria assumido o inquérito sob a justificativa de que ele utilizou a cota parlamentar para financiar atos do 8 de Janeiro “antes mesmo de ser deputado”.

O parlamentar encerrou o vídeo dizendo que seguirá atuando politicamente e que a investigação não o fará recuar.

“Nós não vamos ficar em silêncio, não vamos calar a boca. Vamos para cima. Nós vamos chegar ao Senado e nós vamos resgatar esse país. Agora indiciar o meu filho, você achou que eu ia ficar com mais medo? Eu só estou com mais vontade ainda de lutar contra essa ditadura. Que loucura. Uma associação criminosa para ter uma escola de inglês no escritório político. Pelo amor de Deus, vocês não têm limites. Vou parar por aqui, senão amanhã mesmo a PF já vem me buscar, né?”, finalizou Gayer.

E você, o que acha sobre o andamento dessas investigações e as acusações envolvendo o parlamentar? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe a sua leitura sobre os impactos para a política regional.

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