O ministro Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência, voltou a defender neste sábado (13/12) o fim da escala 6×1, apresentada como uma demanda do povo. O evento Governo do Brasil nas Ruas, realizado no Sol Nascente, no Distrito Federal, tratou a pauta como uma questão de humanidade, não uma disputa ideológica.
Boulos afirmou que seis dias de trabalho para um dia de descanso não é razoável e disse que o tema não deveria virar uma questão de esquerda ou de direita, mas sim de humanidade.
O tema está em discussão no Congresso Nacional, com a aprovação sendo prioridade do governo do presidente Lula. Nesta semana, o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e agora deverá ser analisado no Plenário.
O ministro participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados com representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional do Comércio (CNC). “Nós apresentamos nosso posicionamento e ouvimos o posicionamento deles. Agora, o presidente Lula foi eleito pelo povo e teve 60 milhões de votos para defender os interesses dos trabalhadores no Brasil”, disse.
Para Boulos, a escala de seis dias de trabalho para um dia de descanso “não é razoável” e deve ser revista.
CNI vê fim da escala 6×1 com preocupação
Durante uma coletiva de imprensa, na última quarta-feira (10/11), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o Brasil ainda não tem as condições necessárias para avançar nessa discussão. Ele citou que talvez o país alcance esse marco apenas em 2027 ou 2028. “Independente da remuneração, o que mais dignifica o ser humano é a oportunidade de estar inserido na sociedade através do mercado de trabalho”, defendeu Alban. Ele também expressou preocupação com possíveis abusos de populismo durante o período eleitoral, em relação à pauta da escala 6×1.
O Governo do Brasil nas Ruas, promovido pelo governo federal, acontece neste sábado no Sol Nascente e reúne atividades como perícia do INSS, regularização de pendências junto ao Estado, vacinação de animais e abertura de cadastros para Microempreendedores Individuais (MEIs). A ideia é que o evento percorra cerca de 27 cidades e as principais capitais do país em 2026, incluindo a presença do presidente Lula.
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