A Polícia Civil do Espírito Santo desbaratou uma rede criminosa que atuava com golpes por meio de falsos encontros marcados pela internet, liderada por Camila Francis da Silva. Em seis meses, o grupo movimentou cerca de R$ 600 mil, financiando viagens, compras de luxo e procedimentos estéticos caros que mudaram significativamente a aparência da golpista. O caso ganhou notoriedade pela transformação exibida nas redes, o que facilitava a atração das vítimas.
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A operação, chamada Luxúria, resultou na prisão de Camila em Colatina, no Espírito Santo, além do marido e de uma conhecida que integrava a organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, com o bloqueio de bens e valores dos investigados.
Durante a ação, a polícia apreendeu relógios, óculos e perfumes importados, além de dinheiro em espécie e um carro avaliado em cerca de R$ 120 mil.
Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 600 mil em seis meses, reunindo 15 vítimas em mais de 10 municípios do Espírito Santo, todas atraídas por encontros marcados pela internet. Uma vítima chegou a perder cerca de R$ 30 mil; Camila era a líder do esquema e já havia sido presa em outras operações.
O modo de atuação era simples, porém cruel: a golpista criava perfis em sites de relacionamento, aproximava-se das vítimas, trocava fotos e informações e marcava encontros que nunca aconteciam. Em seguida, ameaçava divulgar conversas e imagens para familiares e esposas, exigindo dinheiro para manter o silêncio.
Além das extorsões, Camila financiou procedimentos estéticos de alto custo para si e para a filha, com recursos obtidos por meio das extorsões. A investigação aponta que a vida ostentada pela organização era sustentada pela prática criminosa.
As apurações começaram após vítimas denunciarem os crimes. A Polícia Civil do Espírito Santo aponta Camila Francis da Silva como líder, já com histórico de prisões em outras operações, o que reforça o retrato de uma organização com atuação prolongada no estado.
Com o desfecho da operação, o Judiciário determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, enquanto a polícia continua a apurar novas vítimas e desdobramentos do esquema. A investigação evidencia um golpe recorrente na era digital, que combina charme, ameaças e ganhos ilícitos.
E você, já presenciou ou sofreu algum tipo de golpe semelhante online? Compartilhe suas experiências e opiniões nos comentários para ajudarmos a conscientizar outros leitores e ampliar a discussão sobre prevenção e denúncias.

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