Neste domingo (14), os chilenos vão às urnas para eleger o próximo presidente. O favorito é o líder ultradireitista José Antonio Kast, do Partido Republicano, que promete endurecer a política de imigração, ampliar o poder policial e erguer mais prisões, seguindo exemplos de Donald Trump e Nayib Bukele. Se confirmado, seria a chegada ao poder de um dirigente de direita radical pela primeira vez desde a ditadura de Pinochet, há 35 anos.
O candidato, que já disputou outras eleições, ficou em segundo no primeiro turno, atrás da esquerda Jeannette Jara. Ainda assim, Kast deve receber o apoio dos quatro candidatos de direita para o segundo turno — Evelyn Matthei, Johannes Kaiser e Franco Parisi — consolidando uma frente conservadora.
Na agenda econômica, Kast defende cortes de US$ 6 bilhões, embora reconheça que o ajuste poderá levar tempo. Na segurança, o foco é deportar migrantes sem status legal e reforçar o policiamento, parte central de sua proposta para reduzir a criminalidade, tema dominante na campanha.
A campanha cresceu sobre o medo da migração irregular, considerado pela maioria como problema de segurança. Dados oficiais mostram que a migração no Chile quase dobrou desde o milênio, chegando a 8,8% da população em 2024, com cerca de 337 mil migrantes em situação irregular, segundo INE e Acnur. A violência associada ao crime organizado também aumentou significativamente, com homicídios crescendo aproximadamente 50%.
A votação ocorre com o país adotando o voto obrigatório pela primeira vez, com cerca de 15,6 milhões de eleitores convocados. As sondagens indicam que Kast pode expandir seu apoio com a coalizão da direita, em meio a um cenário de polarização entre esquerda e direita.
E você, como vê o futuro político do Chile, a respeito da imigração, da segurança e das propostas de Kast? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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