A advogada Natália Szermeta, esposa do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSol), puxou vaias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), durante um protesto neste domingo (14/12) na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Salve, salve, Avenida Paulista. Eu quero começar puxando uma grande vaia a Hugo Motta e a todos os inimigos do povo que estão no Congresso Nacional”, disse, recebida pela multidão.
Logo na sequência, Natália citou o ex-presidente Jair Bolsonaro e suas falas sobre prisão, dizendo: “Eles disseram que o Brasil iria parar se Bolsonaro fosse preso. E o Brasil parou mesmo para comemorar que o Bolsonaro foi condenado a 27 anos. É cadeia.”
Em seguida, voltou a mirar Motta: “Agora, às vésperas de o ano acabar, na calada da madrugada, eles, que não trabalham o ano inteiro, resolveram, às 2h, dar um golpe e aprovar um projeto de lei chamado dosimetria. Que na verdade é um projeto de lei para tirar bandido da cadeia. Que reduz pena para bandido e relaxa o regime no Brasil.”
A fala da advogada, que vestia uma camisa do Corinthians, uniu-se ao tom desfavorável ao líder do parlamento, com cartazes chamando Motta de inimigo do povo, ecoando a crítica de quem acompanhava o protesto.


















Boulos também levou o apagão que afeta a região metropolitana de São Paulo à pauta do protesto deste domingo, criticando o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes. “Tem gente sem luz há cinco dias; querem botar a culpa no Lula e privatizar ainda mais serviços públicos”, disse, questionando a atuação de autoridades locais na gestão de energia e de serviços como a Sabesp.
Na manhã deste domingo, a Grande São Paulo continuava com quase 160 mil imóveis sem energia elétrica, cinco dias após o vendaval que provocou o apagão iniciado na última quarta-feira (10/12). A área de concessão da Enel chegou a ter mais de 2,2 milhões de domicílios sem luz.
A organização dos protestos deste domingo ficou a cargo das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, com participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST e do MTST.
O ato reuniu lideranças de esquerda para cobrar soluções públicas e apresentar críticas à privatização de serviços essenciais, em clima de cobrança por respostas rápidas frente à fase de queda de energia.
E você, qual a sua opinião sobre esse movimento e as cobranças apresentadas? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão sobre o papel do Estado na garantia de serviços e direitos básicos.

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