Um vídeo que circula nas redes mostra três funcionários terceirizados da Enel dançando na Avenida Paulista, em meio a um apagão que atingiu São Paulo após um vendaval histórico. A gravação, realizada na sexta-feira (12), fazia parte de uma ação de marketing de fim de ano, conforme a companhia.
Em nota, a Enel informou ter acionado a STN para adotar as medidas cabíveis. A empresa disse que a gravação tinha caráter institucional natalino e não tinha como objetivo se associar a fatos externos. Os três homens que aparecem nas imagens não são eletricistas nem exercem função operacional.
Sobre o apagão, a concessionária afirmou que cerca de 99% dos clientes afetados tiveram a energia restabelecida. A Justiça havia determinado a retomada do serviço em até 12 horas na noite de sexta-feira, e a Enel destacou que fatores logísticos contribuíram para a gravação ocorrer naquele momento.
No quadro regulatório, a área técnica do TCU chegou a recomendar que a Aneel avaliasse a possibilidade de intervenção federal na empresa, como ocorreu com o grupo Rede entre 2012 e 2014. A Enel havia solicitado a prorrogação de contrato com o governo por 30 anos, mas o pedido foi suspenso pela Justiça em outubro.
A empresa também apontou piora nos índices de duração e frequência de faltas de energia nos últimos 12 meses, com críticas à qualidade do serviço registradas em períodos anteriores, incluindo outubro de 2024 e novembro de 2023.
? ?? Funcionários da Enel são vistos gravando dancinha na Av. Paulista enquanto, em São Paulo (SP), mais de meio milhão de clientes estavam sem energia elétrica. pic.twitter.com/eVbKXkNO9k
— République (@republiqueBRA) December 13, 2025
A Enel reforçou que a gravação não teve a intenção de se vincular a acontecimentos externos e que a produção ocorreu dentro do cronograma programado, levando em conta logística e disponibilidade da equipe.
O caso acontece em um cenário em que a cidade e a região metropolitana vivem frequentes interrupções de energia, gerando críticas à qualidade do serviço. A discussão envolve responsabilidade corporativa em campanhas de fim de ano versus impactos de crises de energia.
Como fica a sua leitura sobre uso de ações institucionais em momentos de indisponibilidade de energia? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte como você avaliaria esse tipo de comunicação corporativa.

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