TH Joias é transferido para a Penitenciária Federal de Brasília após decisão do STF
A transferência de TH Joias — cujo nome real é Thiego Raimundo dos Santos Silva — ocorreu na noite desta terça-feira (16/12) para a Penitenciária Federal de Brasília. Ele será escoltado pela Polícia Penal Federal assim que desembarcar na capital federal, conforme apurado pela coluna. TH Joias estava detido no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ).
A decisão do STF viabilizou a transferência, vinculando o desligamento dele do sistema prisional à avaliação da alta corte. Segundo a Polícia Federal, TH seria ligado a ações ilícitas da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e teria utilizado o cargo público para facilitar tais atividades.
Conexões com o CV foram apontadas pelas investigações que resultaram na prisão de TH em setembro, em contexto de esforços para desvendar esquema de corrupção envolvendo a liderança da facção no Complexo do Alemão e agentes públicos, incluindo um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário municipal e um deputado estadual empossado em 2024. Deflagradas em 3 de setembro, as operações Bandeirante e Zargun destacaram vínculos diretos entre o ex-parlamentar e Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, um dos chefes influentes do CV.




Quem é TH Joias? Muito antes de entrar na política, TH já era lembrado no universo das joias. Após a morte do pai, ele herdou a joalheria e ganhou notoriedade, tendo nascido no Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio. Antes de ser preso, costumava exibir em suas redes sociais peças criadas especialmente para famosos, com clientes que incluíam Neymar, Vini Jr e Adriano Imperador, além de cantores como MC Gui e Ludmilla.
Em abril do ano passado, MC Poze do Rodo divulgou uma foto usando um colar de ouro criado pelo ex-deputado. Posteriormente, verificou-se que a peça havia sido feita por TH Joias, gerando surpresa entre os seguidores do funkeiro.
Nos comentários, internautas comentaram que Poze estaria “carregando uma Ferrari no pescoço”, referência ao valor estimado do cordão, que girava em torno de R$ 2,8 milhões.
A cobertura aponta para uma trajetória que mistura negócios de alto valor com ligações perigosas entre política e crime organizado, ampliando o debate sobre a atuação de figuras públicas em estruturas ilícitas.
E você, o que acha dessas conexões entre poder público, facções e o mercado de luxo? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe o que pensa sobre o tema.

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