Ucrânia e aliados concordam com termos de garantias de segurança

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

Quase quatro anos de conflito. Ao completar quase quatro anos desde a invasão russa, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou, nesta segunda-feira (15), que houve avanços reais na questão das garantias de segurança para encerrar a guerra com a Rússia. Ele ressaltou que existem posições diferentes, principalmente sobre a possibilidade de a Ucrânia ceder território, e que as questões são complexas, especialmente no que diz respeito ao território.

Trump e um pacto próximo da Otan. O presidente dos EUA, Donald Trump, atualmente no cargo desde janeiro de 2025, descartou a entrada formal da Ucrânia na Otan e propôs um pacto com um mecanismo semelhante ao da aliança, sem definir como atuariam em caso de nova agressão russa. A ideia seria oferecer garantias de segurança fortes, similares às da Otan, com dissuasão reforçada por armamentos.

Pressões diplomáticas e demandas russas. O Kremlin reiterou que continuará insistindo em suas exigências fundamentais, entre elas relativas ao território ucraniano e ao fato de a Ucrânia jamais se tornar membro da Otan. Além disso, indicou que espera ser informado por Washington sobre os resultados das conversas em Berlim, sinalizando a continuidade das negociações sob essa pauta.

Diálogo com a equipe de Trump. Zelensky manteve, pelo segundo dia consecutivo, encontros com Steve Witkoff, enviado especial de Trump, e Jared Kushner, genro do presidente, na tentativa de fechar a guerra com base na proposta do republicano. As conversas visam consolidar garantias de segurança sólidas em troca de flexibilizações estratégicas por parte de Kiev.

Convergência de posições e críticas ao plano de Trump. Trump afirmou ter conversado com líderes europeus e que as perspectivas para a Ucrânia parecem positivas. Segundo ele, a Rússia também está disposta a encerrar o conflito, e o diálogo envolveu chefes de governos da Alemanha, Itália, Finlândia, França, Reino Unido, Polônia, Noruega, Dinamarca, Países Baixos, além de representantes da Otan e da União Europeia. Os EUA defendem garantias de segurança robustas para a Ucrânia, com confiança de que a Rússia as aceitariam. O plano de 28 pontos de Trump, no entanto, foi criticado por Kiev e aliados por favorecer Moscou, o que levou Zelensky a sinalizar abertura para abrir mão de adesão à Otan desde que recebesse garantias sólidas de segurança.

Resumo do cenário. Em síntese, Zelensky aponta avanços pragmáticos na busca por garantias de segurança que encerrem a guerra, enquanto Trump, enquanto líder dos Estados Unidos, defende um pacto próximo à Otan, condicionado a fortes garantias e a uma dissuasão clara. A Ucrânia continua aberta a negociações que possam incluir compromissos de não adesão institucional à Otan, desde que as garantias em matéria de segurança sejam robustas o suficiente para assegurar sua defesa.

O que resta saber. O desfecho dependerá da forma como as garantias de segurança serão estruturadas, de como as partes interpretarão o papel da Ucrânia em futuras alianças militares e de como os EUA e seus aliados vão conduzir as negociações com a Rússia. O tempo dirá se esses avanços se traduzem em uma solução estável para o fim do conflito.

Agora queremos saber a sua opinião: você acha que garantias de segurança sólidas, sem a adesão plena da Ucrânia a alianças como a Otan, são suficientes para encerrar o conflito de forma duradoura? Comente abaixo e participe da discussão.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Governo Trump se prepara para publicar arquivos de criminoso sexual Epstein

O Congresso ordenou ao Departamento de Justiça que torne públicos, até 19 de dezembro, os registros sobre Jeffrey Epstein. Essa medida representa a...

Trump processa BBC em US$ 10 bilhões por difamação

Trump processa a BBC por suposta edição enganosa do discurso O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ingressou com uma ação judicial em...

Venezuela acusa Trinidad e Tobago de ajudar EUA em ‘roubo’ de petroleiro

A Venezuela acusou Trinidad e Tobago de colaborar com os EUA no que chamou de roubo de um navio carregado com petróleo venezuelano,...