A Polícia Federal deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira, a Operação Blast, uma ofensiva para desarticular grupos que usam artefatos explosivos na pesca marítima. A ação, centrada no município de Salinas da Margarida, no Recôncavo Baiano, envolveu equipes federais e da Polícia Militar e resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão. O objetivo é colher provas sobre a origem dos explosivos e identificar outros envolvidos. A investigação aponta que esse uso de explosivos representa não apenas um crime ambiental, mas um grave problema de segurança pública.
Segundo a Polícia Federal, o emprego de bombas no mar gera consequências devastadoras em várias frentes: destruição de ecossistemas, interrupção do ciclo de reprodução da fauna e danos a recifes de coral; danos ao patrimônio, com relatos de tremores e rachaduras em moradias; risco à vida, colocando banhistas, mergulhadores e pescadores em perigo; e prejuízo econômico, com o dizimar de cardumes, afetando pescadores artesanais que atuam dentro da legalidade.
Quem é investigado pode ser indiciado por posse ilícita de artefatos explosivos e por pesca mediante uso de explosivos. Condenações podem chegar a 11 anos de reclusão, além de multas aplicadas pelos órgãos de controle ambiental. As apurações continuam para verificar a existência de uma rede de comercialização ilegal de explosivos na região, com o apoio tático da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA) da Polícia Militar da Bahia.
A PF ressalta que as investigações visam mapear a extensão da prática e a eventual rede de abastecimento na região, reforçando o enfrentamento a esse crime que afeta a fauna, o patrimônio e a segurança de moradores da costa.
A situação mostra que não se trata apenas de crime ambiental, mas de risco direto à segurança pública e ao sustento de pescadores. Compartilhe seus pensamentos nos comentários e participe da conversa.

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