Venezuela reage ao bloqueio dos EUA a navios petroleiros sob sanções, considerando a medida uma ameaça grotesca à soberania. O governo de Nicolás Maduro informou que denunciará a decisão à Organização das Nações Unidas (ONU), argumentando violação do Direito Internacional e do livre comércio no Mar do Caribe.
A reação ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar em Truth Social que aplicará um bloqueio total a embarcações envolvidas na sanção venezuelana. Trump descreveu o regime venezuelano como uma Organização Terrorista Estrangeira e disse que a ação visa responder a supostos roubos de petróleo, além de acusações ligadas ao tráfico de drogas e de pessoas.
No comunicado da vice-presidente Delcy Rodríguez, Caracas sustentou que a medida viola a soberania nacional, o livre comércio e a navegabilidade no Caribe, e afirmou que o bloqueio busca roubar as riquezas da nação, que não aceitará ingerência externa.
As tensões aumentam desde a apreensão de um petroleiro por parte dos EUA, fato que Caracas chamou de pirataria. Washington respondeu que a embarcação integrava uma rede ilegal de apoio ao terrorismo, em meio a sanções vigentes desde 2019.
Apesar das restrições, a Venezuela mantém uma exportação diária estimada em 1 milhão de barris de petróleo. O país recorre a estratégias como os chamados navios fantasmas, alterando nomes e bandeiras para evitar rastreamento.
Segundo informações de inteligência de mercado, cerca de 18 navios sancionados estão em águas venezuelanas. Embora Trump tenha prometido o bloqueio total, os protocolos operacionais ainda não foram detalhados, e não está claro se haverá interceptação direta pela Guarda Costeira ou por forças militares, que já reforçaram presença na região.
Como você vê esse embate entre Washington e Caracas? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe como essa tensão pode impactar o comércio e a estabilidade do Caribe. Sua visão interessa ao debate público.

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